quarta-feira, 3 de maio de 2017

Padre Fábio de Melo prega na igreja de Kleber Lucas

     O pastor e cantor Kleber Lucas promoveu uma conferência na igreja que lidera no último final de semana. A Conferência Soul fez parte das comemorações dos três anos da igreja, localizada na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro. Entre os convidados este ano estavam o pastor Ed René Kivitz e o padre Fábio de Melo. O encerramento do evento, na noite deste domingo (30), teve uma pregação de um sacerdote católico, algo que chamou bastante atenção dos participantes. O padre Fábio de Melo, que também é cantor, já havia regravado músicas de cantores evangélicos, incluindo Kleber Lucas, mas é a primeira vez que é visto nos púlpitos de uma igreja evangélica.

 Em sua conta do Instagram, onde tem mais de 4 milhões de seguidores, o padre escreveu: 

“Hoje foi dia de estabelecer comunhão. Preguei na Igreja Batista Soul liderada pelo meu amigo @Kleberlucas. Muito obrigado a todos os pastores e membros da igreja que me receberam com tanto respeito e carinho”.

Um vídeo postado na conta de Instagram de Kleber Lucas mostra o padre no culto, mas não foi divulgado a íntegra do seu sermão, cujo tema foi “O Amor de Deus”. Ainda pela rede social, o pastor Kleber resumiu a participação do padre no evento da igreja com a frase: “CRISTO DESTRUIU O MURO!”.


Nota do Blog: Longe de mim querer causar polêmicas e conflitos religiosos. Devemos sempre buscar o diálogo e um entendimento das diversas manifestações dentro da fé cristã. Mas há um limite. E não podemos ignorar as profundas diferenças existentes entre a fé Reformada e o catolicismo romano. Ignorar a história é ignorar nossas raízes e a defesa da Ortodoxia bíblica. "Por conta de suas afirmações dogmáticas flutuantes e de sua estrutura política complexa e diplomática, a instituição Igreja Católica deve ser examinada com muito mais cautela e prudência. Iniciativas atuais para renovar aspectos da vida e adoração católicas (como, por exemplo, a acessibilidade à Bíblia, a renovação litúrgica, o papel crescente dos leigos e o Movimento Carismático) não indicam, por si mesmas, que a Igreja Católica Romana esteja compromissada com uma reforma substanciosa em consonância com a Palavra de Deus. E evangélicos devem ser cautelosos, mantendo padrões bíblicos claros ao formar plataformas e coalizões".[1]

Segundo Kleber Lucas, "Cristo destruiu o muro"! Então devemos deixar de lado todas as mazelas e heresias do catolicismo romano e abraçar um ecumenismo sem precedentes? Se os muros caíram, Kleber Lucas irá participar da "santa missa" e comer literalmente o corpo de Cristo? Se os muros caíram, Kleber Lucas vai admitir que o papa é o único representante de Cristo aqui na terra, o "Sumo Pontífice" e que os reformadores estavam errados ao se levantar contra os absurdos teológicas da igreja de Roma? Em que a igreja católica mudou uma vírgula das suas doutrinas desde 1517? Nada! ainda acrescentou o Dogma da imaculada Conceição (1854), da Infalibilidade Papal (1869-1870) e da Assunção de Maria (1950). É Lamentável... Infelizmente, ainda existem obstáculos insuperáveis... e o catolicismo romano não quer abrir mão.

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Notas:

[1] Essas convicções fundamentais são expressas em papers oficiais de duas organizações evangélicas mundiais: Fraternidade Evangélica Mundial e Movimento Lausanne. Após abordar temas como mariologia, autoridade na igreja, o papado e a infalibilidade, justificação pela fé, sacramentos e a Eucaristia, e a missão da igreja, este foi o pronunciamento da Fraternidade Evangélica Mundial: “A cooperação na missão entre evangélicos e católicos está seriamente impedida por conta de obstáculos ‘insuperáveis’” (Fraternidade Evangélica Mundial, Evangelical Perspective on Roman Catholicism (1986) in Paul G. Schrotenboer (ed.), Roman Catholicism. A Contemporary Evangelical Perspective (Grand Rapids: Baker Book House 1987) p. 93). A mesma visão é refletida no documento de Lausanne intitulado Occasional Paper on Christian Witness to Nominal Christians among Roman Catholics, de 1980, bem como em uma declaração de John Stott, principal autor do Pacto de Lausanne: “Estamos dispostos a cooperar com eles (católicos romanos, ortodoxos ou protestantes liberais) em boas obras de compaixão cristã e justiça social. É no momento em que somos convidados a evangelizar com eles que nos vemos em um duro dilema, pois o testemunho comum necessita de uma fé comum e a cooperação no evangelismo depende de concordância sobre o conteúdo do evangelho” (Lausanne Committee for World Evangelization. “Lausanne Occasional Paper 10 on Christian Witness to Nominal Christians among Roman Catholics” (Pattaya, Thailand, 1980); John Stott, Make the Truth Known. Maintaining the Evangelical Faith Today (Leicester, UK: UCCF Booklets, 1983) p. 3-4.).