quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Atividade solar pode influenciar métodos de datação

  Segundo pesquisadores, o Sol, 150 milhões de quilômetros distante, parece estar influenciando a decomposição dos elementos radioativos no interior da Terra. Dado o que sabemos sobre a radioatividade e os neutrinos solares, isso não devia acontecer. Dois cientistas das universidades de Stanford e Purdue acreditam que há uma chance de que uma partícula solar, até então desconhecida, esteja por trás de tudo isso. A grande novidade é que o núcleo do Sol – onde as reações nucleares produzem neutrinos – gira mais lentamente do que a superfície. Esse fenômeno pode explicar a evolução das taxas de decaimento radioativo observada em dois laboratórios distintos. Mas isso não explica por que a mudança acontece. Isso viola as leis da física como as conhecemos. Ao examinar os dados de isótopos radioativos, os investigadores descobriram um desacordo nas taxas de decaimento medidas, o que vai contra a crença de que essas taxas são constantes. Enquanto procuravam uma explicação, os cientistas se depararam com outra pesquisa, que observou variação sazonal nessas taxas de decadência. Aparentemente, a radioatividade é mais forte no inverno que no verão. Uma labareda solar sugeriu que o Sol estava envolvido de alguma forma. Um engenheiro nuclear percebeu que a taxa de decaimento de um isótopo médico caiu durante a tempestade solar.

        A descoberta poderá ser útil para proteger os astronautas e os satélites – se existe uma correlação entre as taxas de decomposição e a atividade solar, as mudanças nas taxas de decaimento podem fornecer um aviso antecipado de uma iminente tempestade solar. Mas enquanto isso é uma boa notícia para os astronautas, é má notícia para a física. Os pesquisadores procuraram provas de que as mudanças no decaimento radioativo variam de acordo com a rotação do Sol, e a resposta foi sim, sugerindo que os neutrinos são responsáveis. Mas como o neutrino, que não interage com matéria normal, está afetando o índice de decaimento ninguém sabe. O que os pesquisadores sugerem é que algo que realmente não interage com nada está mudando algo que não pode ser mudado. Apesar disso, eles dizem que não devemos ter preocupações com os neutrinos solares influenciando o aquecimento do núcleo da Terra. Mas talvez devamos nos preocupar que a nossa compreensão do Sol e da física nuclear é mais fraca do que pensávamos.

Fonte: hypescience


Nota do Blog: Vários Dogmas científicos estão caindo por terra com os avanços científicos. A pergunta que sempre se fazem aos Criacionistas é como eles sustentam a Teoria de que a terra tem alguns milhares de anos, sendo que a datação da Geocronologia aponta "incontestavelmente" que a terra tem  milhões de anos. Essa pesquisa serva para quebrar paradigmas e nos mostrar que infelizmente a Ciência também erra e é sujeita a fraudes e interpretações equivocadas (como nesse artigo). Talvez esses dados ainda não sejam conclusivos, mas nos mostra o quanto "certezas e provas incontestáveis" não são tão irrefutáveis assim.

Prof. Saulo Nogueira
*Nota do químico Marcos Eberlin, da Unicamp: Raios cósmicos transformam 14N em 14C, que é absorvido pela vida na Terra em uma cascata de eventos extremamente dependente das condições atmosféricas; umidade, por exemplo. Aí o método de detecção de 14C forma íons negativos de 14C que tem sua carga invertida para 14C+3 e depois e depois e depois... são nove processos de separação e manipulação de íons. Um sinal escondido sobre uma corrente iônica doze ordens de grandeza superior a ele. Bilhões de vezes menor. E, no final, o melhor espectro mostrado foi mais ruído que sinal, fora os problemas imensos de contaminação na amostragem e preparação da amostra. Milhões de vezes pior do que achar agulha em um palheiro. Sou da área. Sou espectrometrista de massas. Sou químico analítico, e tenho uma ideia hoje do que é a datação com 14C. Não digo que não funciona. Funciona, sim. Só digo que a chance de o resultado final parecer certo, mas estar errado, é da mesma ordem de grandeza; uns 99,9999999999999999999%. 

Via: criacionismo

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Dilma, os políticos e suas visitas ás Igreja Evangélicas

Por Renato Vargens 

       Em época de eleição os púlpitos de algumas igrejas evangélicas ficam lotados de políticos. Para piorar a situação muitos desses senhores durante os anos que antecedem o pleito, negligenciam Cristo, seu evangelho e o povo de Deus, todavia, bastam as eleições se aproximarem que essa corja se aproxima da igreja na expectativa de conseguir votos que os conduza a um novo mandato.
  
   Pois é, confesso que estou impressionado com a quantidade de candidatos dispostos a irem a igreja e a "cultuar" a Cristo. Há pouco recebi o pedido de um "crente" candidato a deputado federal querendo o meu apoio incondicional. Noutra ocasião, um destes políticos oportunistas, me pediu a oportunidade de compartilhar seu "plano de governo" numa cerimônia fúnebre que na ocasião oficializei. Complicado sabe?

        Na semana passada fui surpreendido com a ida da presidente Dilma a uma igreja evangélica (pela foto dá pra ver qual a igreja). Na ocasião a "camarada Estrela" leu a Bíblia, pediu orações e cantou louvores. Ora, vamos combinar uma coisa? A presidente depois que se elegeu em 2010 nunca foi uma igreja, antes pelo contrário, defendeu com unhas e dentes conceitos e valores que nós cristãos abominamos e agora a eleição se aproxima se dispõe a ir a igreja e pedir a bênção de Deus? 

      Prezado amigo, eu não sou simplista nem tampouco ingênuo, até porque, bem sei que os outros candidatos a presidência farão a mesma coisa. No entanto, choca-me ver pastores "comercializando a fé". Caro leitor,  pra  vergonha do evangelho de Cristo e tristeza daqueles que amam ao Senhor, os lobos (ops) digo, alguns pastores, tem feito negócios escusos em troca de apoio e benesses para a igreja do Cordeiro. (II Pedro 2:1-3) Todavia, a contrário destes,  decidi que o púlpito da minha igreja está fechado pra todo aquele que usa do nome de Deus para fins pessoais e que por mais que tentem me convencer ao contrário eu não abrirei espaço na liturgia de minha comunidade local para qualquer tipo de campanha política.

É o que penso, é o que digo!

Nota do Blog: Penso ser um tremendo absurdo e falta de reverência pastores permitirem que seus púlpitos sejam usados como plataforma política e de discursos mentirosos, para receber benefícios daqueles que estão almejando o poder. Púlpito é lugar de se pregar a Palavra de Deus, instruir o povo na Verdade e Glorificar o Nome do Nosso Senhor Jesus Cristo. Se querem pedir votos ou lançar suas candidatura e planos de governo, estão dentro do seus direitos, e é louvável que ouçamos suas propostas e analisemos suas intenções. Mas há lugares apropriados para isso e jamais nos púlpitos de Igrejas.

Prof. Saulo Nogueira


  

Jerusalém através dos séculos

       A História me fascina, principalmente quando ela se refere ao povo de Deus e  sua jornada espiritual sobre esse mundo. Tanto a História de Israel, quanto a História da Igreja cristã nos trazem o grande cuidado de Deus e Seu zelo em relação aos Seu povo. Apesar de ser um Blog de Apologética, jamais podemos esquecer que a História é uma das maiores aliadas daqueles que procuram defender suas tradições, Ortodoxia e fé, baseada no legado daqueles que passaram aqui antes de nós e deixaram suas marcas, erros e acertos. Nesse artigo, quero trazer uma breve História da magnifica cidade de Jerusalém, uma cidade amada por uns, odiada por outros, tantas vezes destruída e reconstruída, permanecendo como  uma prova incontestável das promessas de Deus e Sua fidelidade. [S.N]

“Se eu de ti me esquecer, ó Jerusalém, que se resseque a minha mão direita. Apegue-se-me a língua ao paladar, se me não lembrar de ti, se não preferir eu Jerusalém à minha maior alegria” (Sl 137.5-6).

O rei Davi fez de Jerusalém a capital de seu reino e o centro religioso do povo judeu em 1003 a.C. (2 Sm 5.7-12). Cerca de 40 anos mais tarde, seu filho Salomão construiu o templo (centro religioso e nacional do povo de Israel ) e transformou a cidade em próspera capital de um império que se estendia do Eufrates até o Egito (1 Rs 6 a 10).
Nabucodonosor, rei de Babilônia, conquistou Jerusalém em 586 a.C., destruiu o templo e exilou seu povo (Dn 1.1-2). Cinqüenta anos depois, com a conquista de Babilônia pelos persas, o rei Ciro permitiu que os judeus retornassem à sua pátria e lhes concedeu autonomia. Eles construíram o segundo templo no local do primeiro e reconstruíram a cidade e suas muralhas (Ed 6; Ne 3 a 6).
Alexandre Magno conquistou Jerusalém em 332 a.C. Após sua morte, a cidade foi governada pelos ptolomeus do Egito e mais tarde pelos selêucidas da Síria. A helenização da cidade atingiu o auge sob o rei selêucida Antíoco IV (Epifânio); a profanação do templo e a tentativa de anular a identidade religiosa dos judeus deram origem a uma revolta.
Liderados por Judas Macabeu, os judeus derrotaram os selêucidas, reconsagraram o templo (164 a.C.) e restabeleceram a independência judaica sob a dinastia dos hasmoneus, que se conservou no poder durante mais de 100 anos, até que Pompeu impôs a lei romana a Jerusalém. O rei Herodes (Lc 1.5), o edomita que foi posto no poder pelos romanos para governar a Judéia (37- 4 a.C.), estabeleceu instituições culturais em Jerusalém, construiu majestosos edifícios públicos e remodelou o templo, transformando-o num edifício de glorioso esplendor.
A revolta dos judeus contra Roma irrompeu em 66 d.C., pois o governo romano tornara-se cada vez mais opressivo após a morte de Herodes. Durante alguns anos Jerusalém esteve livre da opressão estrangeira, até que em 70 d.C. as legiões romanas comandadas por Tito conquistaram a cidade e destruíram o templo. A independência judaica foi restaurada por breve período durante a revolta de Bar-Kochba (132-135 d.C.), mas os romanos novamente triunfaram. Os judeus foram proibidos de entrar em Jerusalém; o nome da cidade foi mudado para Aelia Capitolina e os romanos a reconstruíram, dando-lhe as feições de uma cidade romana.
Por um século e meio, Jerusalém foi uma pequena cidade de província. Esse quadro modificou-se radicalmente quando o imperador bizantino Constantino transformou Jerusalém em um centro cristão. A Basílica do Santo Sepulcro d.C.) foi a primeira de um grande número de majestosas construções que se ergueram na cidade.
Os exércitos muçulmanos invadiram o país em 634 d.C. e quatro anos mais tarde o califa Omar conquistou Jerusalém. Somente durante o reinado de Abd el-Malik, que construiu o Domo da Rocha (Mesquita de Omar) em 691 d.C., Jerusalém foi por um rápido período a residência do califa. Após um século de domínio da dinastia omíada de Damasco, Jerusalém passou, em 750 d.C., a ser governada pela dinastia dos abássidas de Bagdá, em cuja época começou o declínio da cidade.
Os cruzados conquistaram Jerusalém em 1099 d.C., massacraram seus habitantes judeus e muçulmanos e fizeram da cidade a capital do Reino Cruzado. Sob o domínio dos cruzados, sinagogas foram destruídas, velhas igrejas foram reconstruídas e muitas mesquitas transformadas em templos cristãos. Os cruzados dominaram Jerusalém até 1187 d.C., quando a cidade foi conquistada por Saladino, o curdo.
Os mamelucos, que eram a aristocracia feudal militar do Egito, governaram Jerusalém a partir de 1250 d.C. Eles construíram numerosos e elegantes edifícios, mas viam a cidade apenas como um centro teológico muçulmano e a arruinaram economicamente, por seu desleixo e impostos exorbitantes.
Os turcos otomanos, cujo domínio se prolongou por quatro séculos, conquistaram a cidade em 1517 d.C. Suleiman, o Magnífico, reconstruiu as muralhas de Jerusalém (1537), construiu o Reservatório do Sultão e instalou fontes públicas por toda a cidade. Após sua morte, as autoridades centrais de Constantinopla demonstraram pouco interesse por Jerusalém. Durante os séculos XVII e XVIII, Jerusalém viveu um de seus piores períodos de decadência.
Jerusalém tornou a prosperar a partir da segunda metade do século XIX. Um crescente número de judeus que retornavam à sua pátria ancestral, o declínio do Império Otomano e o renovado interesse da Europa pela Terra Santa foram os fatores do reflorescimento da cidade.
O exército britânico, comandado pelo general Allenby, conquistou Jerusalém em 1917. Entre 1922 e 1948, Jerusalém foi a sede administrativa das autoridades britânicas na Terra de Israel (Palestina), que fora entregue à Grã-Bretanha pela Liga das Nações após o desmantelamento do Império Otomano no final da Primeira Guerra Mundial. A cidade desenvolveu-se rapidamente, crescendo rumo ao oeste, parte que se tornou conhecida como a “Cidade Nova”.
Com o término do Mandato Britânico em 14 de maio de 1948 e de acordo com a resolução da ONU em 29 de novembro de 1947, Israel proclamou sua independência e Jerusalém tornou-se a capital do país. Opondo-se ao estabelecimento do novo Estado, os países árabes lançaram-se num ataque de várias frentes, o que deu origem à Guerra da Independência em 1948-49. As linhas de armistício, traçadas ao final da guerra, dividiram Jerusalém em duas partes: a Cidade Velha e as áreas ao seu redor, ao norte a ao sul, ficaram sob o domínio da Jordânia; Israel reteve o controle das partes ocidental e sudoeste da cidade.
Jerusalém foi reunificada em junho de 1967, em resultado de uma guerra na qual a Jordânia tentou apoderar-se da parte ocidental da cidade. O quarteirão judeu da Cidade Velha, destruído sob o domínio jordaniano, foi restaurado e os cidadãos israelenses puderam de novo visitar os seus lugares santos, o que lhes tinha sido negado desde 1948 até 1967. — Centro de Informação de Israel

E essa história ainda não acabou...
“Assim diz o Senhor dos Exércitos: Eis que salvarei o meu povo da terra do oriente e da terra do ocidente; E trá-los-ei, e habitarão no meio de Jerusalém; e eles serão o meu povo, e eu lhes serei o seu Deus em verdade e em justiça.” (Zacarias 8.2-8)
Tanto no passado como no presente e também no futuro, Jerusalém foi e será palco de disputas ferrenhas. Mesmo que os 192 Países da ONU não a reconheçam como a capital de Israel, ela será a futura capital do Reino do Messias Jesus Cristo. “Nos últimos dias, acontecerá que... de Sião sairá a lei, e a palavra do Senhor de Jerusalém” (Is 2.3b). Apesar de todas as artimanhas de sedução da “Besta” durante a Tribulação, a Palavra de Deus se cumprirá. 

Fonte: Chamada

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Qual o futuro da igreja evangélica no Brasil?



       Apesar de discordar da visão Calvinista do amado Reverendo Augustus Nicodemus Lopes, concordo com sua visão acerca dos rumos que a Igreja tem tomado. Gosto de sua mensagens e da forma que ele expõe o Evangelho do Nosso Senhor Jesus Cristo. Abaixo transcrevo na íntegra o texto publicado em seu Blog pessoal:
     
   
     "Quando olho o atual cenário da igreja evangélica brasileira – estou usando o termo “evangélica” de maneira ampla – confesso que me sinto incapaz de prever o que vem pela frente. Há muitas e diferentes forças em operação em nosso meio hoje, boa parte delas conflitantes e opostas. Olho para frente e não consigo perceber um padrão, uma indicação que seja, do futuro da igreja.
      
          Há, em primeiro lugar, o crescimento das seitas neopentecostais. Embora estatísticas recentes tenham apontado para uma queda na membresia de seitas como a Universal do Reino do Deus - que ressurge das cinzas com o "templo de Salomão" - , outras estão surgindo no lugar, como na lenda grega da Hidra de Lerna, monstro de sete cabeças que se regeneravam quando cortadas. A enorme quantidade de adeptos destes movimentos que pregam prosperidade, cura, libertação e solução imediata para os problemas pessoais acaba moldando a imagem pública dos evangélicos e a percepção que o restante do Brasil tem de nós. Na África do Sul conheci uma seita que mistura pontos da fé cristã com pontos das religiões africanas, um sincretismo que acaba por tornar irreconhecível qualquer traço de cristianismo restante. Temo que a continuar o crescimento das seitas neopentecostais e seus desvios cada vez maiores do cristianismo histórico, poderemos ter uma nova religião sincrética no Brasil, uma seita que mistura traços de cristianismo com elementos de religiões afro-brasileiras, teologia da prosperidade e batalha espiritual em pouquíssimo tempo.
      
       Depois há o movimento “gospel”, que mostrou sua popularidade ao ter o festival “Promessas” veiculado pela emissora de maior audiência do país. Não me preocupa tanto o fato de que a Rede Globo exibiu o show, mas a mensagem que foi passada ali. A teologia gospel confunde “adoração” com pregação, exalta o louvor como o principal elemento do culto público, anuncia um evangelho que não chama pecadores e crentes ao arrependimento e mudança de vida, que promete vitórias mediante o louvor e a declaração de frases de efeito e que ignora boa parte do que a Bíblia ensina sobre humildade, modéstia, sobriedade e separação do mundo. Para muitos jovens, os shows gospel viraram a única forma de culto que conhecem, com pouca Bíblia e quase nenhum discipulado. O impacto negativo da superficialidade deste movimento se fará sentir nesta próxima geração, especialmente na incapacidade de impedir a entrada de falsos ensinamentos e doutrinas erradas.
       
        Notemos ainda o crescimento do interesse pela fé reformada, não nas igrejas históricas, mas fora delas, no meio pentecostal. Não são poucos os pentecostais que têm descoberto a teologia reformada – particularmente as doutrinas da graça, os cinco slogans (“solas”) e os chamados cinco pontos do calvinismo. Boa parte destes tem tentado preservar algumas idéias e práticas características do pentecostalismo, como a contemporaneidade dos dons de línguas, profecia e milagres, além de uma escatologia dispensacionalista. Outros têm entendido – corretamente – que a teologia reformada inevitavelmente cobra pedágio também nestas áreas e já passaram para a reforma completa. Mas o tipo de movimento, igrejas ou denominações resultantes desta surpreendente integração ainda não é previsível.
     
         O impacto das mídias sociais também não pode ser ignorado. E há também o número crescente de desigrejados, que aumenta na mesma proporção da apropriação das mídias sociais pelos evangélicos. Com a possibilidade de se ouvir sermões, fazer estudos e cursos de teologia online, além de bate-papo e discipulado pela internet, aumenta o número de pessoas que se dizem evangélicas mas que não se congregam em uma igreja local. São cristãos virtuais que “freqüentam” igrejas virtuais e têm comunhão virtual com pessoas que nunca realmente chegam a conhecer. Admito o benefício da tecnologia em favor do Reino. Eu mesmo sou professor a quinze anos de um curso de teologia online e sei a benção que pode ser. Mas, não há substituto para a igreja local, para a comunhão real com os santos, para a celebração da Ceia e do batismo, para a oração conjunta, para a leitura em uníssono das Escrituras e para a recitação em conjunto da oração do Pai Nosso, dos Dez Mandamentos. Isto não dá para fazer pela internet. Uma igreja virtual composta de desigrejados não será forte o suficiente em tempos de perseguição.
   
        Eu poderia ainda mencionar a influência do liberalismo teológico, que tem aberto picadas nas igrejas históricas e pentecostais e a falta de maior rapidez e eficiência das igrejas históricas em retomar o crescimento numérico, aproveitando o momento extremamente oportuno no país. Afinal, o cristianismo tem experimentado um crescimento fenomenal no chamado Sul Global, do qual o Brasil faz parte. Algumas coisas me ocorrem diante deste quadro, quando tento organizar minha cabeça e entender o que se passa.

1 – Historicamente, as igrejas cristãs em todos os lugares aqui neste mundo atravessaram períodos de grande confusão, aridez e decadência espiritual. Depois, ergueram-se e experimentaram períodos de grande efervescência e eficácia espiritual, chegando a mudar países. Pode ser que estejamos a caminho do fundo do poço, mas não perderemos a esperança. A promessa de Jesus quanto à Sua Igreja (Mateus 16:18) e a história dos avivamentos espirituais nos dão confiança.

2 – Apesar de toda a mistura de erro e verdade que testemunhamos na sincretização cada vez maior das igrejas, é inegável que Deus tem agido salvadoramente e não são poucos os que têm sido chamados das trevas para a luz, regenerados e justificados mediante a fé em Cristo Jesus, apesar das ênfases erradas, das distorções doutrinárias e da negligência das grandes doutrinas da graça. Ainda assim, parece que o Espírito Santo se compraz em usar o mínimo de verdade que encontra, mesmo em igrejas com pouca luz, na salvação dos eleitos. Não digo isto para justificar o erro. É apenas uma constatação da misericórdia de Deus e da nossa corrupção. Se a salvação fosse pela precisão doutrinária em todos os pontos da teologia cristã, nenhum de nós seria salvo.

3 –  Deus sempre surpreende o Seu povo. É totalmente impossível antecipar as guinadas na história da Igreja. Muito menos, fazer com que aconteçam. Há fatores em operação que estão muito acima dos poderes humanos. Resta-nos ser fiéis à Palavra de Deus, pregar o Evangelho completo – expositivamente, de preferência – viver uma vida reta e santa, usar de todos os recursos lícitos para propagar o Reino e plantar igrejas bíblicas e orar para que nosso Deus seja misericordioso com os seus eleitos, com a Sua igreja, com aqueles que Ele predestinou antes da fundação do mundo e soberanamente chamou pela Sua graça, pela pregação do Evangelho."

Reverendo Augustus Nicodemus Lopes
O Tempora O Mores

Má conduta científica é um problema global

        Plágio, falsificação e fabricação de resultados científicos deixaram de ser problemas exclusivos de potências em produção científica, como os Estados Unidos, Japão, China ou o Reino Unido. A avaliação foi feita por Nicholas Steneck, diretor do programa de Ética e Integridade na Pesquisa da University of Michigan, nos Estados Unidos, em palestra no 3º BRISPE – Brazilian Meeting on Research Integrity, Science and Publication Ethics, realizado nos dias 14 e 15 de agosto, na sede da Fapesp. Segundo Steneck, por ter atingido escala global, é preciso que universidades, instituições de pesquisa e agências de fomento em todo o mundo realizem ações coordenadas para lidar com essas questões, a fim de não colocar em risco a integridade da ciência como um todo. “Inicialmente, a má conduta científica era um problema limitado a poucos países, como os Estados Unidos. Mas agora, nações emergentes em ciência, como o Brasil, ‘juntaram-se ao clube’ em razão do aumento da visibilidade de suas pesquisas, e têm sido impactadas de forma negativa por esse problema”, disse Steneck, um dos maiores especialistas mundiais em integridade na pesquisa.

      Nos últimos anos, segundo Steneck, passou a ser observado um aumento global do número de casos relatados de má conduta científica. Um estudo publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America (PNAS) sobre as causas de retratação de 2.047 artigos científicos, indexados no repositório PubMed e produzidos por pesquisadores de 56 países, revelou que apenas 21,3% das retratações foram atribuídas a erro.

       Por outro lado, 67,4% das retratações foram atribuídas à má conduta científica, segundo o estudo. Dessas, 43,4% ocorreram por fraude ou suspeita de fraude, 14,2% por publicação duplicada e 9,8% por plágio. Estados Unidos, Japão, China e Alemanha responderam por três quartos das retratações. Os autores do estudo estimam que a porcentagem de artigos que tiveram de sofrer retratação por causa de fraude aumentou cerca de 10% desde 1975, quando os primeiros casos de má conduta científica começaram a vir a público.

       Outro estudo, publicado na PLoS Medicine, utilizou dados da base Medline, a respeito de artigos publicados até junho de 2012 que abordaram o tema da má conduta científica, para tentar verificar o problema em países de economias em desenvolvimento. Segundo os autores, apesar dos poucos dados disponíveis, o resultado da análise indica que o problema é tão comum nos países emergentes como nos mais ricos e com maior tradição científica.

       “Vemos que há mais casos de má conduta científica hoje do que há 10 anos, mas não sabemos se o número de casos está aumentando ou se estão sendo mais descobertos e revelados”, disse Steneck à Agência Fapesp. “O fato é que as pessoas estão prestando mais atenção ao problema da má conduta científica e cada vez mais novos casos têm sido relatados.”

       Já outro estudo, divulgado em abril no Journal of the Medical Library Associaton, identificou 20 países com os maiores números e percentuais de artigos da área de Ciências Biomédicas retratados por problemas de plágio e duplicação de dados, publicados entre 2008 e 2012 e indexados no PubMed. [...]

      Um levantamento realizado pelo Deja vu – sistema computacional que identifica títulos e resumos de artigos indexados em repositórios científicos e permite a verificação de suspeitas – identificou 79,3 mil artigos indexados no Medline com esse tipo de problema. Do total de artigos, apenas 2,1 mil foram examinados e, desses, 1,9 mil foram retratados. Mais de 74 mil ainda não foram verificados pelas publicações. “Há muitos casos de má conduta científica subestimados pelas universidades e instituições de pesquisa, que poderão ser descobertos no futuro”, afirmou Steneck.

       Na avaliação do especialista, alguns fatores que contribuem para a subestimação do problema são as suposições errôneas de que a má conduta científica é uma prática rara, que é mais comum em áreas altamente competitivas como a de Ciências Biomédicas e de que a ciência é uma atividade autorregulada. “Há enorme confiança na ciência como uma atividade com controles internos rigorosos que dificulta estabelecer um consenso de que ela deva ser mais vigiada”, afirmou. “É preciso que as universidades, instituições e agências de fomento à pesquisa dos países que fazem ciência se engajem em educar e promover a integridade científica entre seus pesquisadores.” [...]


Nota do Blog: Infelizmente, não podemos confiar cegamente em toda pesquisa científica que é colocada nas revistas de grande circulação como infalíveis. Muitas pesquisas recebem uma grande quantidade de patrocínio e as suas respectivas Universidades necessitam de certa forma dessa projeção, para manterem os investimentos. Muitas vezes a pesquisa ainda necessita de mais dados para confirmação, mas já são publicadas na ânsia de corroborarem as ideias pré-estabelecidas. Pesquisas que estampam capas de grandes revistas científicas de grande circulação, com páginas e mais páginas de matéria, quando descobertas como fraudes, incompletas ou refutadas,  são dadas apenas algumas notas de rodapé, ou nas últimas páginas da revista pedindo desculpas ou retratando o artigo.

Prof. Saulo Nogueira

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Por que algumas pessoas odeiam Israel?

     O que mais vemos na Mídia são pessoas desinformadas quanto ao conflito entre Israelenses e Palestinos e querem dar opiniões como se fossem experts em assuntos relacionados ao Oriente Médio. Eu não arriscaria a me opinar aqui se meus argumentos não fossem baseados em opiniões e testemunhos de pessoas que de fato estão diretamente ou indiretamente envolvidos com a questão, ou são especialistas na área. Nós vivemos em um mundo mau. Sem dúvida nenhuma. A partir de uma perspectiva moral, observem o mundo desde o ano 2000 e reparem o que tem ocorrido somente nos primeiros 15 anos deste século:

A Coreia do Norte continua a ser um país que é, inteiro, essencialmente, um enorme campo de concentração.

O Tibete, uma das culturas mais antigas da humanidade, continua ocupado e sendo destruído pela China.

A Somália não existe mais enquanto país. Trata-se de um estado anárquico em que o mais cruel e o mais forte (geralmente o mesmo) prevalece.

No Congo, entre 1998 e 2003, cerca de 5.5 milhões de pessoas foram mortas – quase o mesmo número de judeus que morreram no Holocausto.

Na Síria, cerca de 150 mil pessoas foram mortas nos últimos três anos e milhões perderam os lares. 

No Iraque, quase toda semana vemos assassinatos em massa causados por atentados terroristas (agora, uma ordem para mutilação genital feminina também em massa está em vigor no tal califado) causando a quase total aniquilação de minorias religiosas, como os Yazidi, por exemplo;

Jihadistas do Estado Islâmico, também no Iraque, expulsaram 100.000 cristãos de seus lares, que agora estão vivendo nas ruas;

Grupos extremistas islâmicos, estão tentando ressuscitar o Califado, acabar com outros grupos islamitas que não sejam leais, castigar qualquer tentativa de Insurreição popular, reforçar capacidades defensivas e instaurar os tribunais islâmicos para aplicação da Sharia; 

O Grupo Islâmico Nigeriano, Boko Haram, obriga milhares de Nigerianos a abandonarem suas casas além de massacrarem milhares de civis;

No México, desde 2006, aproximadamente 120 mil pessoas foram mortas nas guerras do tráfico travadas no país.

O Irã, uma ditadura teocrática que defende o genocídio, está prestes a conseguir fabricar armas nucleares.

Comunidades cristãs no Oriente Médio são aniquiladas; o massacre de cristãos é rotina na Nigéria.

          É claro que o século 20 foi ainda mais sangrento, mas estamos apenas no 15º  ano do século 21. Não obstante, mostrar o quanto o mundo é terrível para com tantos habitantes não é meu objetivo. O que quero demonstrar é que, apesar de tanta maldade e sofrimento, o mundo concentrou maciçamente a atenção nos supostos malfeitos de um país: Israel. O que torna tal fato tão digno de nota é que Israel está entre os países mais humanitários e livres do planeta. E o que é pior, é o único país do mundo sob ameaça de aniquilação.  É óbvio que nenhum erro justifica o outro, e de forma alguma essas notícias dão base para que Israel mate milhares de civis. Não sou á favor da guerra, seja qual for, mas infelizmente Israel está sendo obrigado a guerrear devido as constantes ameaças dos grupos radicais islâmicos.

            Este é o único caso da História em que os povos dos países livres tomaram as dores de um estado policial contra um estado livre. É impossível apontar qualquer outra ocasião na História Moderna – a única ocasião histórica em que existem sociedades livres – na qual, em uma guerra entre um estado livre e um estado policial, o estado livre foi considerado o agressor. É porque uma situação como a de Israel e dos inimigos do país nunca ocorrera antes.

A questão é, claro, por quê?

          Por que em uma época na qual um shopping center do Quênia é bombardeado, na qual terroristas islâmicos massacram cristãos na Nigéria e milhares de pessoas morrem na Síria, o mundo está preocupado com uns 600 palestinos mortos como resultado direto de lançarem milhares de mísseis com a intenção de matar tantos israelenses quanto possível? Não que louvemos a morte de qualquer povo , nação ou etnia, mas por que essa obsessão contra Israel desde a fundação do país e, em especial, desde 1967?

          Não pode ser ocupação. A China ocupa o Tibete e o mundo não presta a menor atenção. E a criação do Paquistão, que ocorreu ao mesmo tempo da criação de Israel, deu origem a milhões de refugiados muçulmanos (e hindus). Mesmo assim, ninguém presta atenção ao Paquistão, tampouco. 

            Há apenas duas explicações para essa anomalia moral. A primeira é uma predileção quase mundial pelos valores e ideias esquerdistas. Segundo esse viés de pensamento, os ocidentais estão quase sempre errados ao combater países ou grupos do Terceiro Mundo; e a parte mais fraca, especialmente se não for ocidental, é quase sempre rotulada de vítima quando combate um grupo ou país mais forte, em especial se este for ocidental. O esquerdismo substituiu o “bem e mal” por “rico e pobre”, “forte e fraco”, e “Ocidental (ou branco) e não-Ocidental (ou não-branco).” Israel é rica, forte e ocidental; os palestinos são pobres, fracos e não-ocidentais.

           A única outra explicação possível é Israel ser judia. Não existe qualquer outra explicação racional, pois a ideia fixa com, assim como o ódio por Israel não são racionais. Israel é um país particularmente decente. Ela é miúda, é mais ou menos do tamanho do estado de Sergipe; e enquanto existem mais de 50 países muçulmanos, existe apenas um país judeu. Israel deveria ser admirada e apoiada, mas não odiada a ponto de existirem dúzias de países cujas populações querem ver Israel aniquilada, o que, mais uma vez, é um fenômeno singular. Nenhum outro país do mundo jamais foi escolhido para ser exterminado. Por mais difícil que seja para as pessoas modernas e pouco religiosas aceitarem, o judaísmo de Israel é a razão maior para o ódio a ela dedicado. Ironicamente, este fato, bem como a obsessão pelos judeus antes da existência de Israel, confirma para este observador o papel divino que os judeus desempenham na História. Poucos judeus se dão conta desse papel e um número ainda menor o deseja. Mas, a não ser pela influência da esquerda, não há outra explicação para a animosidade contra Israel.

Oremos por Israel. Maranata!
Prof. Saulo Nogueira

Fontes:
http://veja.abril.com.br/blog/rodrigo-constantino/historia/por-que-as-pessoas-odeiam-israel/
http://g1.globo.com/mundo/noticia/2014/06/entenda-o-que-e-um-califado.html;
http://g1.globo.com/mundo/noticia/2014/08/entenda-razoes-que-levaram-um-novo-conflito-no-iraque.html;
http://g1.globo.com/mundo/noticia/2014/07/milhares-de-nigerianos-deixam-cidade-com-medo-do-boko-haram.html,
http://www1.folha.uol.com.br/mundo/1180139-60-tibetano-morre-em-auto-imolacao-em-protesto-contra-a-china.shtml



terça-feira, 12 de agosto de 2014

Descoberta arqueológica desafia Teoria da Evolução

     Este mês foram feitas duas descobertas arqueológicas que desafiam muito do que defende a Teoria da Evolução. O cientista cristão Mark Armitage foi demitido da Universidade Estadual da Califórnia (UEC), em Northridge (Estados Unidos), por questionar a idade dos dinossauros. Durante uma escavação no Estado de Montana, encontrou um chifre de Tricerátopo. Ao analisar o achado com um microscópio, encontrou tecidos moles na amostra. A teoria de Armitage, que é criacionista, sempre foi que os dinossauros possuem milhares de anos e não 60 milhões de anos como os darwinistas acreditam. A descoberta de tecidos moles em um dinossauro deixou os membros do departamento de biologia da universidade e os estudantes espantados. Afinal, a presença desses tecidos leva a crer que os dinossauros viviam no planeta há relativamente pouco tempo. Contrariada, a UEC decidiu demiti-lo e o caso ganhou mais repercussão pelo que aconteceu com o pesquisador do que pelo achado em si.
      Poucos dias depois, arqueólogos que trabalham na Noruega encontraram um esqueleto humano de 8.000 anos que pode ter partes do cérebro fossilizadas. O autor da descoberta, Gaute Reitan afirmou que “ainda é cedo” e que “precisa de ajuda neste estudo”. Caso seja confirmado, o achado será um desafio significativo para os que negam a veracidade do dilúvio bíblico. A equipe de cientistas ligados à Universidade de Oslo, passou dois meses cavando em uma área de fiorde perto da capital. Conforme relatado pela Norwegian Broadcasting, eles desenterraram vários fósseis, incluindo restos de ossos antigos e outros materiais biológicos.
        A surpresa maior veio quando eles notaram a presença de tecidos moles dentro de um crânio pequeno, que pode ser de uma criança. Outros esqueletos de adultos foram desenterrados no mesmo local. Reitan explica que os métodos de datação indicam que as amostras retiradas nas primeiras escavações, incluindo os restos de cérebro, têm cerca de 8.000 anos de idade. São, portanto, a descoberta mais antiga de esqueletos na Escandinávia e pode ensinar muito sobre como viviam os habitantes da região neste período. Brian Thomas, cientista do Instituto de Pesquisas da Criação (ICR), diz que somente o método de datação segundo a cronologia bíblica permitiria que isso acontecesse. “A narrativa bíblica sobre o que ocorreu após o dilúvio fornece as condições únicas necessárias para mineralizar órgãos macios antes que os tecidos se desintegrem totalmente”.
      Thomas afirma ainda que o achado dos noruegueses é semelhante a uma descoberta de 2010, quando remanescentes cerebrais foram encontradas no fóssil de um macaco africano que teria supostamente 1.900.000 anos de idade. Estas descobertas, argumenta Thomas, não concordam com o calendário evolutivo.
“Segundo o quadro bíblico”, escreveu Thomas, “os fósseis encontrados tanto neste sítio arqueológico norueguês quanto no africano foram enterrados depois do dilúvio. Eles teriam, portanto, menos de 4.500 anos de idade”. Com informações Christian News e Live Science.
Nota do Blog: Interessante é que alguns ateuzinhos-de-fim-de-semana dizem que os crentes tentam usar a religião para refutar a Teoria da Evolução. Mas não precisamos nos preocupar, pois a própria ciência está se encarregando de revelar a verdade. Ou como dizia o Astrônomo, Físico e Cosmólogo Robert Jastrow: 
"Para o cientista que  tem vivido pela  fé no poder da  razão, a história  termina como  um  sonho  ruim.  Ele  escalou  as  montanhas  da  ignorância;  está  prestes  a conquistar o pico mais elevado e, quando se lança sobre a última rocha, é saudado por um grupo de teólogos que estão sentados ali há vários séculos."
Professor Saulo Nogueira

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Israel - Dividindo a Igreja, ou Definindo-a?

Israel - Dividindo a Igreja, ou Definindo-a?

Então disse o Senhor: Considerai no que diz este juiz iníquo. Não fará Deus justiça aos seus escolhidos, que a ele clamam dia e noite, embora pareça demorado em defendê-los? Digo-vos que, depressa, lhes fará justiça. Contudo, quando vier o Filho do Homem, achará, porventura, fé na terra?” (Lc 18.6-8).

      A pergunta dificilmente poderia ter conseqüências mais graves, portanto, não é facilmente feita. Mas ela está em aberto bem diante de nós, com crescente estridência, exigindo uma resposta. Será que a questão de Israel (o povo e a terra) – quer sejamos a favor ou contra – está finalmente criando uma divisão irreversível na comunidade cristã global? Para levarmos essa questão ainda mais adiante: Será que grande número de pessoas que se consideram cristãs um dia perceberão que, ao escolherem ficar do lado das nações contrárias a Israel, de fato estão se unindo ao campo do inimigo e contra o próprio Senhor que professam amar? Ou será que grandes números de pessoas que se consideram cristãs um dia descobrirão que, ao apoiarem Israel em face de incessantes críticas internacionais, permitiram ser enganadas, esqueceram-se do que realmente é o cristianismo e apoiaram e estimularam um regime embusteiro que abusa criminalmente de seus inimigos? A questão não pode ser evitada, pois um profundo cisma no cristianismo – que se aprofunda cada vez mais – já existe em relação a ela. E, inevitavelmente, ele vai se fender ainda mais.

Os Cristãos a Favor de Israel

       
        Por um lado, temos milhões de cristãos comprometidos, que crêem que os judeus permanecem o Povo Escolhido de Deus, e que a terra de Israel permanece a Terra Prometida por Deus àquele povo. Esses cristãos crêem que as ondas de imigração de judeus para a histórica Terra de Israel, que começaram no final dos anos 1800, e o renascimento de um Estado nacional judeu independente naquela terra, são cumprimentos de profecias bíblicas e, como tal, estão alinhadas com o plano pré-ordenado de Deus. Eles esperam ansiosamente que essa reconstrução física seja seguida por um despertar espiritual e um reavivamento nacional em Israel, que significará “vida dentre os mortos” para toda a humanidade.

       Eles crêem que todas as nações do mundo que rejeitaram a Deus virão – e já estão vindo – e se posicionarão contra Israel e contra aqueles que se colocarem ao lado de Israel. Assim, esses cristãos entendem que a vontade e o propósito de Deus são que eles se aliem a Israel e façam sua parte em confortar, encorajar e apoiar o ancestral “povo de Deus” de inúmeras maneiras, especialmente em face de uma hostilidade sempre crescente por parte da comunidade internacional. E eles entendem que o maior produtor dessa inimizade coesa contra Israel é a mídia noticiosa global, que descaradamente patrocina a versão muçulmana/árabe sobre a história do Oriente Médio e a posse da terra, e rejeita a versão judaico-cristã que se baseia na Palavra de Deus, nos direitos históricos e nas reivindicações do povo judeu, e na lei internacional.

       De acordo com esses cristãos: Deus deu incondicionalmente a Terra de Canaã (que inclui pelo menos toda a área que hoje está debaixo do controle israelense), exclusiva e irrevogavelmente para a descendência de Israel, o neto de Abraão. Essa descendência perdeu o direito de viver naquela terra porque foi infiel ao Senhor. Deus, por meio da Babilônia e depois de Roma, expulsou-os de seu país, permitindo que outras nações governassem sobre a terra deles pelo tempo da duração de seu exílio. E Deus prometeu que, depois do segundo exílio, Ele os ajuntaria novamente na terra e os manteria lá. Os judeus nunca renunciaram ao direito documental de sua terra natal histórica. Nenhum outro grupo de pessoas jamais estabeleceu sua terra natal naquele território. O Império Otomano perdeu essa terra (e outras) quando foi derrotado na Primeira Guerra Mundial, e os vitoriosos naquele conflito escolheram criar diferentes Estados independentes no recentemente libertado Oriente Médio. Finalmente, 21 Estados foram estabelecidos para a nação árabe. Na Declaração Balfour foi prometido o estabelecimento de apenas um pequeno Estado para a nação judaica – dentro das fronteiras de sua antiga terra, à época conhecida como Palestina.

       A Liga das Nações ratificou a Declaração Balfour e, em San Remo, em 1923, estabeleceu-a em lei internacional – lei esta que permanece até hoje, de acordo com a Carta das Nações Unidas. A Grã-Bretanha recebeu a tarefa de supervisionar a implantação daquela lei. Para apaziguar os árabes violentamente intransigentes, que exigiam soberania sobre toda a terra, os britânicos traíram os judeus, fechando uma potencial rota de escape para os judeus europeus, mesmo quando o Holocausto já se delineava. Como resultado da carnificina de um terço da população mundial dos judeus, as Nações Unidas votaram a divisão de uma fatia do território original da Palestina entre os judeus e os árabes, mas depois planejaram revogar aquela resolução para novamente aplacar os clamorosos Estados árabes. O povo judeu, por sua própria iniciativa, e totalmente dentro de seus direitos, baseados em fatos bíblicos, históricos e legais, declarou a independência e o renascimento, após 2000 anos, de seu Estado Judeu independente. Nos 64 anos desde então, o mundo árabe tem buscado repetidas vezes apagar essa realidade, forçando os israelenses a enfrentarem pelo menos uma guerra a cada década e a suportarem ataques terroristas para destruir Israel e matar seu povo, durante 24 horas por dia, 7 dias por semana. Mesmo assim, o Estado Judeu tem prosperado, evoluindo para ser uma potência econômica, tornando-se um exemplo de democracia e modelo de direitos humanos e civis no Oriente Médio.

       Mas o anti-semitismo, a maior parte dele camuflado com um disfarce mais politicamente correto de anti-sionismo, tem difamado Israel incansavelmente. Relatos diários de notícias falsas e enganosas, e favoritismos pró-Palestina, subjetivos e descarados, mascarados como jornalismo, têm sido explorados oportunisticamente pelas nações, mais interessadas em assegurar seu acesso ao petróleo árabe do que em seguir o caminho do que é correto e justo, moral e eticamente.


A despeito disso, a Bíblia promete que Israel sobreviverá, superará tudo, prosperará e florescerá, e que, um dia, será novamente elevado à posição de destaque, como cabeça das nações do mundo, em vez do que tem sido até agora – a cauda. Para esses cristãos, tomar o partido de Israel em tudo isso é tomar o partido dos propósitos de Deus e contra um mundo que odeia a Deus. A fé deles significa que não podem fazer nada menos que isso.

Os Cristãos Contra Israel


       Do lado oposto desses milhões estão outros milhões de cristãos professos que defendem uma convicção tão contrária à daqueles que se torna impossível uma reconciliação entre os dois lados. Essas pessoas crêem que, já que Israel como nação rejeitou Jesus, perdeu seu status especial e já não pode afirmar ser o Povo Escolhido de Deus. Eles crêem que a “Igreja” (não necessariamente alguma denominação em particular, mas o “Corpo de Cristo” global) substituiu Israel, e que os cristãos – pela exclusão do Israel nacional – agora são os eleitos de Deus. Essas pessoas crêem que, após a vida de Jesus na terra, e com a supressão cruel da rebelião judaica por Roma – a destruição de Jerusalém e o banimento dos sobreviventes judeus para o exílio – a Terra de Israel perdeu todo o significado no que diz respeito ao plano de redenção de Deus para o mundo; o Senhor “já não se preocupa mais com territórios”, como dizem eles. Os judeus banidos e seus descendentes já não possuem um propósito nacional; suas esperanças de um dia retornarem à sua antiga terra não são nada mais que sonhos vãos; suas orações para retornarem foram sempre ilusórias. Portanto, para esses cristãos, o fluxo de milhões de judeus para a Palestina (posteriormente Israel) tem sido um acontecimento por acaso; nada mais que uma reação instintiva a uma perseguição anti-semítica. E a criação do Estado de Israel em 1948 foi simplesmente uma ocorrência política – um “acidente”, como muitos afirmam – não tendo nada de profético. Eles consideram a hostilidade do mundo contra Israel como uma resposta adequada ao “comportamento ímpio” – e cada vez mais da “ilegitimidade” – do Estado Judeu, como é veiculado incessantemente pela imprensa. Conforme os relatos da mídia, a lista de crimes de Israel é deveras longa. Esses cristãos escolheram crer nela. Portanto, eles entendem que:

       A Declaração Balfour foi um ato ilegítimo perpetrado pelo Império Britânico colonizador e, como tal, não tem nenhuma validade. Depois da Segunda Guerra Mundial, as potências mundiais, levadas pela culpa por causa do Holocausto, realizaram a criação de um Estado Judeu em cima de “terras ancestrais árabes” à custa do povo nativo dali, a saber, os árabes. Usando o poderio militar, Israel purificou etnicamente essas terras árabes de seus proprietários legais, estabelecendo seu Estado por meio da força e criando uma crise de refugiados palestinos através da beligerância.


Considere o seguinte: quando se trata de seus companheiros crentes, onde você se posiciona? Toma o partido dos poucos odiados, que buscam seguir o Senhor e agem motivados pela convicção de que estão alinhados com a Palavra de Deus no que se refere a Israel? Ou toma o partido das massas que negam a existência de Deus e/ou rejeitam Sua Palavra?
      Não satisfeitos com o território que tinham após 1949, os israelenses se tornaram provocadores, através de repetidas agressões contra os árabes, estendendo seu controle sobre mais e mais terras, e causando cada vez maior miséria aos palestinos. Israel é uma potência que ocupa o território palestino, e, enquanto sucessivos governos israelenses falam da boca para fora clichês sobre a paz, continuam a construir obstáculos para a paz e a tornar cada vez mais difícil a sua remoção pelas Nações Unidas. Os árabes palestinos têm direitos nacionais históricos à Margem Ocidental e, na verdade, a todo o território atualmente sob o controle israelense. Os judeus roubaram a terra dos árabes. 

       Em seus esforços para suprimir os protestos legais dos árabes e os esforços dos mesmos para readquirirem as terras, as Forças de Defesa de Israel lançam mão freqüentemente do uso da força excessiva, e são culpadas de crimes de guerra e de crimes contra a humanidade. Israel rouba as terras árabes, impede os árabes de terem acesso à água, destrói as plantações de oliveiras dos árabes, levanta muros de apartheid, atira contra civis árabes, espalha AIDS e outras doenças de propósito entre as populações árabes ao redor de Israel, ameaça o mundo árabe/muçulmano com armamentos nucleares. Destituídos de toda esperança em face da tremenda força israelense, os pobres palestinos são deixados sem nenhum recurso a não ser usar quaisquer armas nas quais consigam colocar as mãos, inclusive seus próprios corpos, para garantirem que sua justa causa não seja esquecida. A resposta do mundo é a criação de um Estado Palestino, mas nem esta solução de negociação é aceitável para Israel. Israel prefere ter conflitos contínuos a ceder às exigências de renunciar às terras sobre as quais não tem direito algum. Para esses cristãos, estar contra Israel é obedecer à ordem de Deus de clamar contra a injustiça e apoiar aqueles que são criminalmente oprimidos. A fé deles significa que não podem fazer nada menos que isso.

E Quando o Dia do Julgamento Chegar?

     
       Todos os cristãos (penso eu) crêem que está chegando o dia no qual todas as pessoas terão que prestar contas das escolhas que fizeram e de suas atitudes – e dos motivos por fazerem aquelas escolhas; por adotarem aqueles lados; por lutarem aquelas batalhas; por fazerem aquelas coisas. Antes que esse dia chegue para cada um de nós, seria bom que considerássemos pessoalmente como e por que nos relacionamos com Israel e com o povo judeu do jeito que o fazemos. Não seria inadequado que aqueles que se consideram cristãos crentes na Bíblia avaliassem como se sentem acerca de Israel à luz das Escrituras – e como se sentem acerca de outros cristãos que mantêm a crença oposta à deles sobre um assunto de tanto significado, que está causando divisão em famílias e em congregações do mundo todo.

       No final das contas, cada um de nós deve fazer o que crê ser o certo, mas deveríamos pesar cuidadosamente nossas razões para crermos da forma que cremos. Considere o seguinte: quando se trata de seus companheiros crentes, onde você se posiciona? Toma o partido dos poucos odiados, que buscam seguir o Senhor e agem motivados pela convicção de que estão alinhados com a Palavra de Deus no que se refere a Israel? Ou toma o partido das massas que negam a existência de Deus e/ou rejeitam Sua Palavra?
Há uma relação estreita entre tomar o partido dos crentes que amam o Senhor e tomar o partido de Deus (Lc 9.50). E há uma distância perigosamente curta entre tomar o partido dos que são contra a nação que o Senhor diz que ama “com amor eterno” (Jr 31.3) e tomar o partido dos que são contra Deus. 

"Pergunto, pois: Acaso Deus rejeitou o seu povo? De maneira nenhuma! Eu mesmo sou israelita, descendente de Abraão, da tribo de Benjamim. Deus não rejeitou o seu povo, o qual de antemão conheceu. Ou vocês não sabem como Elias clamou a Deus contra Israel, conforme diz a Escritura?"Senhor, mataram os teus profetas e derrubaram os teus altares; sou o único que sobrou, e agora estão procurando matar-me". E qual foi a resposta divina? "Reservei para mim sete mil homens que não dobraram os joelhos diante de Baal". Assim, hoje também há um remanescente escolhido pela graça. E, se é pela graça, já não é mais pelas obras; se fosse, a graça já não seria graça.Que dizer então? Israel não conseguiu aquilo que tanto buscava, mas os eleitos o obtiveram. Os demais foram endurecidos, como está escrito: "Deus lhes deu um espírito de atordoamento, olhos para não ver e ouvidos para não ouvir, até o dia de hoje". E Davi diz: "Que a mesa deles se transforme em laço e armadilha, pedra de tropeço e retribuição para eles. Escureçam-se os seus olhos, para que não consigam ver, e suas costas fiquem encurvadas para sempre". Novamente pergunto: Acaso tropeçaram para que ficassem caídos? De maneira nenhuma! Ao contrário, por causa da transgressão deles, veio salvação para os gentios, para provocar ciúme em Israel. Mas se a transgressão deles significa riqueza para o mundo, e o seu fracasso, riqueza para os gentios, quanto mais significará a sua plenitude!  
(Romanos 11:1-12) (NVI) (grifo meu)
"Pois se a rejeição deles é a reconciliação do mundo, o que será a sua aceitação, senão vida dentre os mortos? Se é santa a parte da massa que é oferecida como primeiros frutos, toda a massa também o é; se a raiz é santa, os ramos também o serão. Se alguns ramos foram cortados, e você, sendo oliveira brava, foi enxertado entre os outros e agora participa da seiva que vem da raiz da oliveira, não se glorie contra esses ramos. Se o fizer, saiba que não é você quem sustenta a raiz, mas a raiz a você. Então você dirá: "Os ramos foram cortados, para que eu fosse enxertado". Está certo. Eles, porém, foram cortados devido à incredulidade, e você permanece pela fé. Não se orgulhe, mas tema. Pois se Deus não poupou os ramos naturais, também não poupará você. Portanto, considere a bondade e a severidade de Deus: severidade para com aqueles que caíram, mas bondade para com você, desde que permaneça na bondade dele. De outra forma, você também será cortado. E quanto a eles, se não continuarem na incredulidade, serão enxertados, pois Deus é capaz de enxertá-los outra vez. Afinal de contas, se você foi cortado de uma oliveira brava por natureza e, de maneira antinatural, foi enxertado numa oliveira cultivada, quanto mais serão enxertados os ramos naturais em sua própria oliveira? Irmãos, não quero que ignorem este mistério, para que não se tornem presunçosos: Israel experimentou um endurecimento em parte, até que chegasse a plenitude dos gentios. E assim todo o Israel será salvo, como está escrito: "Virá de Sião o redentor que desviará de Jacó a impiedade. E esta é a minha aliança com eles quando eu remover os seus pecados". Quanto ao evangelho, eles são inimigos por causa de vocês; mas quanto à eleição, são amados por causa dos patriarcas, pois os dons e o chamado de Deus são irrevogáveis." 

(Romanos 11:15-29) (NVI) (grifo meu)

       Eu já tomei posição á favor do Povo de Deus, Israel e creio firmemente que no final dos tempos Deus se reconciliará com sua Nação Santa e escolhida, pois como nos diz Paulo: " os dons e o chamado de Deus são irrevogáveis" 

Prof. Saulo Nogueira

(Stan Goodenough stangoodenough.com ) 
Via:  Beth Shalom