O leite materno continua a nos surpreender. Cada vez que consideramos ter informações mais que suficientes e cientificamente comprovadas de seus inúmeros benefícios nutricionais e psicoemocionais, algo novo surge e nos encanta com a perfeição da natureza. Recentes estudos demonstraram que o leite materno possui algumas células pluripotentes, chamadas “stem cells” – como as células tronco - que são resistentes o suficiente para conseguir passar pela barreira ácida do estômago e entrar no intestino do bebê, onde são absorvidas. Atingem a corrente sanguínea e, a partir daí se alojam em determinados tecidos onde se diferenciarão nas células correspondentes. Isto significa que estas células podem produzir, nos bebês que mamam, mais células musculares, células intestinais, neurônios, células do sangue ou do fígado, por exemplo. O leite materno, portanto, oferece ao pequeno bebê que acabou de nascer um “plus” de células novas.
Mas não é só isso. Descobriu-se também que o leite materno tem umas minúsculas estruturas chamadas de “micro RNAs” que podem modular alguns genes. Estudos demonstraram que um destes micro RNAs pode, por exemplo, modular e aumentar a expressão de um gene que produz a leptina, que é o hormônio que nos dá a sensação de saciedade. Mais importante: este efeito pode durar a vida inteira. Resultado: crianças que mamaram no peito tem mais rapidamente a sensação de saciedade e, consequentemente, são menos obesas. Incrível, portanto, imaginar que um nutriente usualmente oferecido aos bebês por apenas alguns meses (6, 9, 12, ou 24) possa fazer tanta diferença na vida daquela pessoa. A complexidade simples do leite materno reitera como a natureza capricha em seus poderes quando se trata de proteger e cuidar da vida.
Bem estar
Nota do Blog: Mais uma prova cabal de um design inteligente e do cuidado de Deus conosco, já nos primeiros momentos das nossas vidas.