Quero te convidar para
um exercício de imaginação. Imagine que você é um não-cristão, e que de repente, sente uma enorme sede e desejo em conhecer "algo que venha a preencher o vazio de sua alma." Decide buscar na fé o sentido
da vida e a razão da sua existência. Resolve, assim, antes de optar de cara por
uma religião, fazer uma pesquisa. Você parte, talvez por insistência de amigos
ou parentes evangélicos, a tentar descobrir o que significa afinal, ser um
cristão e o que é a igreja evangélica brasileira dos nossos dias. Pois, quem
sabe, não está ali a resposta? É uma tradição religiosa que, afinal, tem
crescido, algo de bom deve ter ali. Então você decide ver como é essa tal de
igreja evangélica. E, acima de tudo, você quer encontrar esse tal de Jesus, que
dizem que preenche a nossa vida e a nossa alma. Mas…por onde começar?
Na dúvida, em vez de ir a um
templo pessoalmente, prefere ligar a TV. Mais fácil, rápido e sem envolvimento
com todas as questões (e pessoas) de uma igreja local. Você sabe que na TV tem
pastores. Não conhece muitos, logo,
conclui, naturalmente, que aqueles ali devem ser a representação fiel de todo e
qualquer pastor. Mas engraçado… quem você vê não se parece com um,
afinal pelo que você se lembra do pouco que você conhece sobre Jesus, um homem que falava com amor e
mansidão, chamando os que estão cansados e sobrecarregados para os braços do
Pai. Mas, pelo contrário, vê um homem que só berra. Em vez de falar sobre dar a
outra face, amar os inimigos e caminhar a segunda milha, ele gasta uma hora para
pedir dinheiro para pagar aquela uma hora que ele ficou pedindo o dinheiro.. E
você, o não-cristão, que ligou naquele programa ávido por aprender mais sobre
Jesus e sobre o que é a vida com Cristo, começa a achar que aquilo ali é ser
cristão. Afinal, aquele senhor é um pastor, embora ele não diga nada parecido
com o que você esperava, como, por exemplo, “bem-aventurados serão vocês
quando, por minha causa, os insultarem, os perseguirem e levantarem todo tipo
de calúnia contra vocês“.
Decide esperar um pouco mais e, de
repente, parece que valeu a pena… vê o mesmo pastor mudar de discurso, adotar
uma postura mais suave, um tom de voz mais brando. Você sente-se aliviado,
achando que agora ele vai falar de Jesus ou algo como “Não acumulem para vocês
tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem destroem, e onde os ladrões
arrombam e furtam” ou mesmo “Mais do que isso, considero tudo como perda,
comparado com a suprema grandeza do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor,
por quem perdi todas as coisas. Eu as considero como esterco para poder ganhar
Cristo". Mas, para sua surpresa, o pastor continua a falar de dinheiro, dinheiro,
dinheiro e a vender produtos e mais produtos, livros, bíblias, CDs, DVDs…
montes de coisas, no cartão ou cheque pré. Parece a grande queima de estoque
gospel de um camelódromo qualquer. Você acha aquilo muito estranho.
Ainda tentando entender se o cristianismo é a fé que vai
preencher seu coração, decide procurar informações em outras fontes. Acessa
então o website de outro conhecido pastor, que faz transmissões diárias pela
Internet. Ah, agora sim, longe das pressões financeiras de manter uma mega
estrutura de TV, você tem certeza que ouvirá o Evangelho genuíno. Naquele dia,
curiosamente, em vez de falar sobre o amor de Jesus ou a eternidade, aquele
pastor está comentando uma reportagem que saiu numa revista sobre os
evangélicos. Uau, que legal! Agora você vai aprender muito sobre o
cristianismo. Você espera que o tal pastor ensine algo como:
“Vocês ouviram o que
foi dito aos seus antepassados: Não matarás; mas qualquer que matar será réu de juízo. Eu, porém, vos digo que qualquer que, sem motivo, se encolerizar contra seu irmão, será réu de juízo; e qualquer que disser a seu irmão: Raca, será réu do sinédrio; e qualquer que lhe disser: Louco, será réu do fogo do inferno.(Mateus 5:21-22).
Mas, em vez disso, o pastor começa a dizer que todos os
outros pastores que foram mencionados na matéria são “bundões”. Você não
entende nada. Não era afinal o cristianismo aquela religião em que seu fundador
disse “Amem os seus inimigos, façam o bem aos que os odeiam, abençoem os que os
amaldiçoam, orem por aqueles que os maltratam“? E no entanto aquele pastor que
fala tanto sobre amor chama outros pastores de “bundões”. Você fica confuso.
Muito confuso.
Decide então ir para uma mídia social. Entra no twitter. Mas sai
rapidinho, pois a quantidade de coisas que os cristãos falam ali são tão
diferentes, sem uma linha em comum, são tantas visões diversas, tanta opinião
sem embasamento bíblico, tanta frase tuitada fora de contexto, tanta gente
defendendo tanta coisa díspares. Aquilo te deixa meio zonzo. Ficar 5 minutos no
twitter faz você achar que Cristo era um cara muito confuso e que a fé cristã é
uma grande Babel. Resolve então que vai buscar mais sobre Jesus e a igreja em
outro lugar. Que tal… a rádio! Sim! A rádio! Ali certamente só haverá coisa
boa! Então você sintoniza numa rádio gospel e ouve um grupo famoso que começa
uma canção com o cantor dizendo “Senhor, eu quero ter um romance contigo!”.
Você se assusta. Como assim? Seria esse o mesmo Senhor a quem o salmista diz
“Pois tu, Senhor, és o Altíssimo sobre toda a terra! És exaltado muito acima de
todos os deuses!“? Você acha estranhíssima essa coisa de ter um romance com
Deus e cantores que cantam músicas que só exaltam o ser humano, antropocêntricas e cheias de triunfalismo e vingança a La "sabor de mel".
Você muda de estação. Outra rádio gospel. Se assusta de cara, pois parece que
a cantora está chorando. É o que ela chama de “ministrar”. Mas, meu Deus, que
choradeira! Aquilo te incomoda tanto que você resolve então mudar para uma rádio onde haja
pregações.
Sim! Se a Bíblia diz que é por ouvir a Palavra que vem a fé, nada melhor
do que ouvir uma pregação. O pregador começa. E, rapaz, ele grita tanto! Berra!
O povo em volta se sacode e se remexe muito, uma coisa estranhíssima. O homem
no púlpito agarra o microfone e, em gritos alucinados, grita para Deus,
repreende e amarra coisas que você não entende direito, grita, grita, grita…parece
afinal que o Deus dos cristãos é surdo. Mas Jesus disse: "E, quando orares, não sejas como os hipócritas; pois se comprazem em orar em pé nas sinagogas, e às esquinas das ruas, para serem vistos pelos homens". Mas o pastor diz que cristão que não faz barulho tá com defeito de fabricação. Por um desses acasos, você se lembra da
oração silenciosa de Jesus em que Ele diz:
“Pai nosso, que estás nos céus,
santificado seja o teu nome; Venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim
na terra como no céu; O pão nosso de cada dia nos dá hoje; E perdoa-nos as
nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores; E não nos
conduzas à tentação; mas livra-nos do mal; porque teu é o reino, e o poder, e a
glória, para sempre. Amém“. (Mt. 6.9-13)
E não entende por que aquele rapaz da rádio precisa
gemer e gritar tanto.Você decide perguntar para alguém da sua família que frequenta uma
igreja e essa pessoa explica que aquilo é “manifestação do poder de Deus”. Você
pensa então nas milhares de igrejas pelo mundo onde se ora num tom de voz
normal, sem impostação, sem grito, apenas numa conversa franca, suave e aberta
com o Pai… e pega-se pensando “será que, afinal, nessas igrejas não está o
poder de Deus? Será que em igrejas em que não se grita nem se rodopia Jesus não
salva almas, não cura enfermos, não restaura os caídos, não abraça os
feridos?”. Você ouve até esse seu parente fazer uma piada com outros irmãos em
Cristo, falando sobre “igreja sorveteriana, de tão fria”, e tem a nítida
sensação (que não pode estar certa, deve ser impressão sua) que os cristãos são
muito desunidos. Esse pensamento, de tão absurdo, foge rápido da sua mente, e
você volta a refletir sobre a questão de se igrejas que não são barulhentas não
têm o poder de Deus. E aí você se lembra que é impossível o poder de Deus estar
ausente de onde Deus está e que a Bíblia assegura, nas palavras do próprio
Cristo que “onde se reunirem dois ou três em meu nome, ali eu estou no meio
deles” e repara que o poder de Deus se manifesta em qualquer ambiente em que
haja pessoas reunidas em seu nome. E decididamente fica sem entender aquela
coisa de que para haver poder de Deus é preciso berrar, bater no púlpito e se
comportar de modo até meio descontrolado. “Mas tudo bem, faz parte da cultura
dessa ou daquela denominação” e, conformado, decide continuar em sua busca.
Afinal, você tem um vazio na alma. Então, embora tudo aquilo lhe pareça
muito estanho, você insiste. Muda de estação de rádio. O que ouve ali é um
pastor… conversando com um demônio! Aquilo então lhe soa bizarro, pois pelo que
já ouvira, a forma bíblica de Jesus de lidar com os demônios era não lhes dar
nenhum papo, como diz Mateus 8.16 “Ao anoitecer foram trazidos a ele muitos
endemoninhados, e ele com sua palavra expulsou deles os espíritos...". E, de repente, tem pastores usando espaço em que poderiam estar
pregando que “Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores“, como ensina
1 Tm 1.15, mas…ficam dando oportunidade a demônios para tagarelarem sobre um
altar que deveria estar sendo usado para exaltar o Todo-Poderoso ou ficam "usando" o demônio para falar mal de outra denominações, fazendo proselitismo para sua igrejas.
Cansado de tentar entender a fé cristã pela mídia – sem conseguir
entender, pois a cada nova tentativa a coisa parece mais complicada – você opta
por vencer a preguiça e visitar diferentes tipos de igrejas e comunidades
cristãs. Vai primeiro a uma igreja de um pastor famoso, que tem milhares de
seguidores no twitter. Mas o homem começa a ensinar que Deus não está no
controle de tudo o que acontece, que as desgraças que ocorrem no mundo não têm
anuência do Onipotente… só que aquilo contraria toda a lógica de dois mil anos
de cristianismo, como você superficialmente conhecia. Você se lembra de Jó, se lembra do
Dilúvio, dos exércitos de faraó sendo afogados…não, aquilo não pode ser
cristianismo, Deus ainda deve estar no controle. Mesmo que um ou outro
pastor-celebridade diga que não.
Sai do culto e vai a outra igreja.
Linda, pessoas muito bem arrumadas, opa! Quem sabe não é ali que você vai
compreender Cristo? A pregadora começa a falar sobre Jesus te dar carro do ano
se você crer, em ganhar uma bolsa Louis Vuitton se declarar a vitória e tomar
posse da bênção, sobre como Deus pode fazer sua empresa prosperar se você der
uma gorda oferta…. mas estranhamente nada daquilo preenche o vazio da sua alma.
Você abre a Bíblia que comprou (uma cheia de estudos, de capa colorida e que
estava numa promoção única) e lê “Aquele que é cobiçoso corre atrás das
riquezas; e não sabe que há de vir sobre ele a penúria” e percebe que aquele
discurso daquela senhora soa muito contraditório. Aí vira mais algumas páginas
da sua Bíblia e lê lá no Novo Testamento que o próprio Jesus de Nazaré afirma:
"Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam; Mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam nem roubam. Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração." (Mateus 6:19-21)
Tem algo muito estranho acontecendo nessa tal igreja, mas você ainda
não conseguiu definir o que é. Resolve continuar procurando. E você, incansável, segue num
périplo para entender o que é a igreja. E, mais que isso, para tentar conhecer
esse tal de Jesus que dizem que preenche a nossa vida. Mas percebe que a
linguagem de muitas igrejas é apenas dirigida pelo marketing, que sabe que
cliente satisfeito volta, e por isso, muitas estão regendo suas práticas pelo
mercado e buscam satisfazer o cliente. Contratam marqueteiros para fazerem suas igrejas aparecerem, esquecendo que é "Deus é quem dá o crescimento". Nota ainda uma característica presente
em quase todas: não se fala de morte, pois pelo discurso geral o negócio é aqui
e agora, é o imediatismo (igrejas essas cheias de pessoas desesperadas, que
estão atrás de uma ajuda rápida para situações urgentes ou curas milagrosas). E sua cabeça dá um
nó, pois afinal Jesus afirmou sem sombra de dúvida que o que importa no grande
esquema das coisas é a eternidade, é a vida eterna, é o porvir:
“Trabalhai, não pela comida que perece, mas pela comida que permanece para a vida eterna, a qual o Filho do homem vos dará; porque a este o Pai, Deus, o selou." (João 6:27)
Já cansado da busca, você ouve
falar de comunidades alternativas, que fogem do modelo institucional de igreja.
Os chamados desigrejados, que saíram de igrejas tradicionais decepcionados não
só com práticas e doutrinas, mas com pessoas. Resolve ir aos encontros de
alguns desses grupos, vai que ali sim existe um cristianismo mais cristalino,
longe da poluição das instituições maquiavélicas que “manipulam a Palavra de
Deus”. Descobre, no entanto, que as pessoas que frequentam essas comunidades
criticam hierarquias mas têm modelos hierárquicos, que criticam liturgias mas
seguem liturgias, que abominam pastores mas têm seus “irmãos mais experientes
na fé”, que não se reúnem em templos mas se reúnem em algum lugar. Mudam o nome
das coisas (em vez de “igreja” se chamam “comunidades”, por exemplo), mas na
essência nada muda, pois são formadas por pessoas e pessoas pecam . E aí você
percebe que a igreja dos sem igreja é apenas mais do mesmo, só que com cores
diferentes, e não se empolga com esse modelo.
Disposto a dar mais uma chance,
pois aquele vazio continua, você vai junto com aquele seu primo crente que é
adepto de um negócio chamado “batalha espiritual’ a um seminário onde ensinam
montanhas de coisas sobre demônios, hierarquias demoníacas, nomes e cargos de
demônios, mapeamento espiritual, quebras de maldições….rapaz, é demônio pra tudo que é lado. Curioso,
você indaga, cochichando, ao seu primo de que lugar da Bíblia eles tiraram
tanto conhecimento assim e ele gagueja, hesita e diz que na verdade são
revelações obtidas ou da boca dos próprios demônios (que, curiosamente mentem o
tempo todo) ou de “ex-satanistas” que juram que faziam parte dos mais altos
escalões do movimento satanista e começam a escrever livros e mais livros sobre
o tema. Claro que viajam dando seminários (cobrando taxas bem gorduchas) ,
dando palestras e “ministrando” sobre o assunto. Mas nada daquilo veio da
Bíblia! E, adivinha só, você que esperava conhecer mais sobre Cristo e o
cristianismo, só fica mais e mais e mais confuso – e, agora, cheio de doutrinas
de demônios na cabeça.
Exausto por tentar entender o que
são afinal de contas a igreja e o cristianismo (e esse Cristo, que até agora
você não encontrou), começa a detectar problemas gerais. Falta de acolhimento,
frustração com o estilo de liderança, frustração com as ênfases doutrinárias,
ênfase excessiva na contribuição e escândalos pululam em cada esquina. Abre o
jornal e vê deputados, senadores, governadores e outros políticos da chamada
“bancada evangélica” metidos em um monte de escândalos. É tanta coisa, tanto
troço, tanta tramoia que você se vira para os seus parentes e diz:
- Querem saber de uma coisa?! Desisti desse negócio de tentar conhecer
Jesus! Não entendi se ser cristão é ser manso ou agressivo, se tenho de orar
berrando ou não, se devo seguir a Bíblia ou coisas ensinadas por demônios, se
devo cantar a Deus com respeito ou se devo ter um romance com Ele, se devo ir a
uma igreja ou a uma comunidade que se reúne numa sala de estar…o que, afinal, é
ser cristão?! Cadê a união?! Cadê a unidade?! Cadê “para que sejam um, assim
como somos um”? Chega! Cansei! Preciso de um lugar onde eu encontre amor
verdadeiro, unidade, paz e esperança! E não estou encontrando isso nessa tal
igreja evangélica! Fui! Igreja evangélica? Não, obrigado.
E aqui acaba nosso exercício de imaginação, com a derrota total do
cristianismo. Com uma chamada “igreja evangélica” tão falida que mais espanta
que atrai. Que não tem apresentado nem representado Jesus de Nazaré. The End.
Um segundo só. Por favor, ainda não vá embora.
Pois essa história não pode acabar aqui.
Façamos outro rápido exercício de imaginação. Imagine uma igreja onde o
Evangelho é pregado como Jesus ensinou. Sem shows, sem balbúrdia, sem
marketing. Sem palcos iluminados, com sistemas de som espetaculares e sem
nenhum equipamento de filmagem. Que siga hierarquias e liturgias bíblicas, não
opressoras, mas defensoras da ordem e da boa administração e condução do Corpo
de Cristo. Que tenha um modelo discipular, voltado a formar não consumidores da
fé, mas discípulos do Senhor Jesus. Onde a leitura da Bíblia, o jejum, a
meditação, a oração e outras disciplinas fundamentais da fé cristã sejam
estimuladas. Onde haja poucos membros, mas que esses poucos se conheçam pelo
nome, se tolerem, se ajudem, intercedam uns pelos outros. Onde seja pregado o
verdadeiro Evangelho, o Evangelho da renúncia, do “tome a sua cruz e siga-me“.
Onde a mensagem não seja “o que eu posso ganhar”, mas “o que eu posso dar”.
Onde ame-se a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo (pelo
menos tente-se fazê-lo). Onde dinheiro não seja causa, mas consequência, e algo
que fique lá no fim da fila em termos de importância. Onde os pecadores não
sejam apedrejados e expulsos, mas amparados, acolhidos, orientados,
discipulados e postos novamente de pé. Onde Cristo seja glorificado na
simplicidade. Onde uns lavem os pés dos outros. Onde haja contrição, confissão
de pecados e acima de tudo, ensinamento da Palavra. Onde se pregue sobre morte, sofrimento, derrotas e dor – porque
sim, isso também faz parte da fé. Essa igreja é possível.
Acredite, é possível.
Não há uma igreja perfeita. Mas essas igrejas onde busca-se o Evangelho puro e
simples, longe dos holofotes e das colunas sociais gospel existem. Geralmente
são anônimas, desconhecidas da mídia ou do grande público. Geralmente, seus
pastores têm nomes que você nunca ouviu falar. Geralmente é onde se reune
aquele remanescente que não dobrou seus joelhos a Baal. Não desista dessa busca. Ainda há igrejas onde você encontra Jesus de
Nazaré. E onde você consegue viver o cristianismo como o cristianismo foi feito
para ser. Desligue a TV com seus astros da fé, pare de ouvir grupos e cantores
da moda, esqueça os ventos e os modismos, fuja de seminários estranhos, tire o
diabo do centro e concentre-se em Deus… e procure essas igrejas. São igrejas
anônimas, pequenas e desconhecidas, mas onde Jesus frequenta e se orgulha de entrar e de
dizer: “Aqui sim me sinto em casa”.
Paz a todos vocês que estão em Cristo.
Prof. Saulo Nogueira.
*Artigo adaptado do texto "A abominável Igreja cristã" de Maurício Zágari