A História me fascina, principalmente quando ela se refere ao povo de Deus e sua jornada espiritual sobre esse mundo. Tanto a História de Israel, quanto a História da Igreja cristã nos trazem o grande cuidado de Deus e Seu zelo em relação aos Seu povo. Apesar de ser um Blog de Apologética, jamais podemos esquecer que a História é uma das maiores aliadas daqueles que procuram defender suas tradições, Ortodoxia e fé, baseada no legado daqueles que passaram aqui antes de nós e deixaram suas marcas, erros e acertos. Nesse artigo, quero trazer uma breve História da magnifica cidade de Jerusalém, uma cidade amada por uns, odiada por outros, tantas vezes destruída e reconstruída, permanecendo como uma prova incontestável das promessas de Deus e Sua fidelidade. [S.N]
“Se eu de ti me esquecer, ó Jerusalém, que se resseque a
minha mão direita. Apegue-se-me a língua ao paladar, se me não lembrar de ti,
se não preferir eu Jerusalém à minha maior alegria” (Sl
137.5-6).
O rei Davi fez
de Jerusalém a capital de seu reino e o centro religioso do povo judeu em 1003
a.C. (2 Sm 5.7-12). Cerca de 40 anos mais tarde, seu filho Salomão construiu o
templo (centro religioso e nacional do povo de Israel ) e transformou a cidade
em próspera capital de um império que se estendia do Eufrates até o Egito (1 Rs
6 a 10).
Nabucodonosor, rei de Babilônia, conquistou Jerusalém em
586 a.C., destruiu o templo e exilou seu povo (Dn 1.1-2). Cinqüenta anos
depois, com a conquista de Babilônia pelos persas, o rei Ciro permitiu que os
judeus retornassem à sua pátria e lhes concedeu autonomia. Eles construíram o
segundo templo no local do primeiro e reconstruíram a cidade e suas muralhas
(Ed 6; Ne 3 a 6).
Alexandre Magno conquistou Jerusalém em 332 a.C. Após sua
morte, a cidade foi governada pelos ptolomeus do Egito e mais tarde pelos
selêucidas da Síria. A helenização da cidade atingiu o auge sob o rei selêucida
Antíoco IV (Epifânio); a profanação do templo e a tentativa de anular a
identidade religiosa dos judeus deram origem a uma revolta.
Liderados por Judas Macabeu, os judeus derrotaram os
selêucidas, reconsagraram o templo (164 a.C.) e restabeleceram a independência
judaica sob a dinastia dos hasmoneus, que se conservou no poder durante mais de
100 anos, até que Pompeu impôs a lei romana a Jerusalém. O rei Herodes (Lc
1.5), o edomita que foi posto no poder pelos romanos para governar a Judéia
(37- 4 a.C.), estabeleceu instituições culturais em Jerusalém, construiu
majestosos edifícios públicos e remodelou o templo, transformando-o num
edifício de glorioso esplendor.
A revolta dos judeus contra Roma irrompeu em 66 d.C.,
pois o governo romano tornara-se cada vez mais opressivo após a morte de
Herodes. Durante alguns anos Jerusalém esteve livre da opressão estrangeira,
até que em 70 d.C. as legiões romanas comandadas por Tito conquistaram a cidade
e destruíram o templo. A independência judaica foi restaurada por breve período
durante a revolta de Bar-Kochba (132-135 d.C.), mas os romanos novamente
triunfaram. Os judeus foram proibidos de entrar em Jerusalém; o nome da cidade
foi mudado para Aelia Capitolina e os romanos a reconstruíram, dando-lhe as
feições de uma cidade romana.
Por um século e meio, Jerusalém foi uma pequena cidade de
província. Esse quadro modificou-se radicalmente quando o imperador bizantino
Constantino transformou Jerusalém em um centro cristão. A Basílica do Santo
Sepulcro d.C.) foi a primeira de um grande número de majestosas construções que
se ergueram na cidade.
Os exércitos muçulmanos invadiram o país em 634 d.C. e
quatro anos mais tarde o califa Omar conquistou Jerusalém. Somente durante o
reinado de Abd el-Malik, que construiu o Domo da Rocha (Mesquita de Omar) em
691 d.C., Jerusalém foi por um rápido período a residência do califa. Após um
século de domínio da dinastia omíada de Damasco, Jerusalém passou, em 750 d.C.,
a ser governada pela dinastia dos abássidas de Bagdá, em cuja época começou o
declínio da cidade.
Os cruzados conquistaram Jerusalém em 1099 d.C.,
massacraram seus habitantes judeus e muçulmanos e fizeram da cidade a capital
do Reino Cruzado. Sob o domínio dos cruzados, sinagogas foram destruídas,
velhas igrejas foram reconstruídas e muitas mesquitas transformadas em templos
cristãos. Os cruzados dominaram Jerusalém até 1187 d.C., quando a cidade foi
conquistada por Saladino, o curdo.
Os mamelucos, que eram a aristocracia feudal militar do
Egito, governaram Jerusalém a partir de 1250 d.C. Eles construíram numerosos e
elegantes edifícios, mas viam a cidade apenas como um centro teológico
muçulmano e a arruinaram economicamente, por seu desleixo e impostos
exorbitantes.
Os turcos otomanos, cujo domínio se prolongou por quatro
séculos, conquistaram a cidade em 1517 d.C. Suleiman, o Magnífico, reconstruiu
as muralhas de Jerusalém (1537), construiu o Reservatório do Sultão e instalou
fontes públicas por toda a cidade. Após sua morte, as autoridades centrais de
Constantinopla demonstraram pouco interesse por Jerusalém. Durante os séculos
XVII e XVIII, Jerusalém viveu um de seus piores períodos de decadência.
Jerusalém tornou a prosperar a partir da segunda metade do século XIX.
Um crescente número de judeus que retornavam à sua pátria ancestral, o declínio
do Império Otomano e o renovado interesse da Europa pela Terra Santa foram os
fatores do reflorescimento da cidade.
O exército britânico, comandado pelo general Allenby, conquistou
Jerusalém em 1917. Entre 1922 e 1948, Jerusalém foi a sede administrativa das
autoridades britânicas na Terra de Israel (Palestina), que fora entregue à
Grã-Bretanha pela Liga das Nações após o desmantelamento do Império Otomano no
final da Primeira Guerra Mundial. A cidade desenvolveu-se rapidamente,
crescendo rumo ao oeste, parte que se tornou conhecida como a “Cidade Nova”.
Com o término do Mandato Britânico em 14 de maio de 1948 e de acordo com
a resolução da ONU em 29 de novembro de 1947, Israel proclamou sua
independência e Jerusalém tornou-se a capital do país. Opondo-se ao
estabelecimento do novo Estado, os países árabes lançaram-se num ataque de
várias frentes, o que deu origem à Guerra da Independência em 1948-49. As
linhas de armistício, traçadas ao final da guerra, dividiram Jerusalém em duas
partes: a Cidade Velha e as áreas ao seu redor, ao norte a ao sul, ficaram sob
o domínio da Jordânia; Israel reteve o controle das partes ocidental e sudoeste
da cidade.
Jerusalém foi
reunificada em junho de 1967, em resultado de uma guerra na qual a Jordânia
tentou apoderar-se da parte ocidental da cidade. O quarteirão judeu da Cidade
Velha, destruído sob o domínio jordaniano, foi restaurado e os cidadãos
israelenses puderam de novo visitar os seus lugares santos, o que lhes tinha
sido negado desde 1948 até 1967. — Centro de Informação de Israel
E essa história ainda não acabou...
“Assim diz o Senhor dos Exércitos: Eis que salvarei o meu povo da
terra do oriente e da terra do ocidente; E trá-los-ei, e habitarão no meio de
Jerusalém; e eles serão o meu povo, e eu lhes serei o seu Deus em verdade e em
justiça.” (Zacarias 8.2-8)
Tanto no passado como no presente
e também no futuro, Jerusalém foi e será palco de disputas ferrenhas. Mesmo que
os 192 Países da ONU não a reconheçam como a capital de Israel, ela será a
futura capital do Reino do Messias Jesus Cristo. “Nos últimos dias, acontecerá que... de Sião sairá a lei,
e a palavra do Senhor de Jerusalém” (Is 2.3b). Apesar de todas as artimanhas de
sedução da “Besta” durante a Tribulação, a Palavra de Deus se cumprirá.
Fonte: Chamada
Fonte: Chamada
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