O que mais vemos na Mídia são pessoas desinformadas quanto ao conflito entre Israelenses e Palestinos e querem dar opiniões como se fossem experts em assuntos relacionados ao Oriente Médio. Eu não arriscaria a me opinar aqui se meus argumentos não fossem baseados em opiniões e testemunhos de pessoas que de fato estão diretamente ou indiretamente envolvidos com a questão, ou são especialistas na área. Nós vivemos em um mundo mau. Sem dúvida nenhuma. A partir de uma perspectiva moral, observem o mundo desde o ano 2000 e reparem o que tem ocorrido somente nos primeiros 15 anos deste século:
A Coreia do Norte continua a ser um país que é, inteiro, essencialmente, um enorme campo de concentração.
O Tibete, uma das culturas mais antigas da humanidade, continua ocupado e sendo destruído pela China.
A Somália não existe mais enquanto país. Trata-se de um estado anárquico em que o mais cruel e o mais forte (geralmente o mesmo) prevalece.
No Congo, entre 1998 e 2003, cerca de 5.5 milhões de pessoas foram mortas – quase o mesmo número de judeus que morreram no Holocausto.
Na Síria, cerca de 150 mil pessoas foram mortas nos últimos três anos e milhões perderam os lares.
No Iraque, quase toda semana vemos assassinatos em massa causados por atentados terroristas (agora, uma ordem para mutilação genital feminina também em massa está em vigor no tal califado) causando a quase total aniquilação de minorias religiosas, como os Yazidi, por exemplo;
Jihadistas do Estado Islâmico, também no Iraque, expulsaram 100.000 cristãos de seus lares, que agora estão vivendo nas ruas;
Grupos extremistas islâmicos, estão tentando ressuscitar o Califado, acabar com outros grupos islamitas que não sejam leais, castigar qualquer tentativa de Insurreição popular, reforçar capacidades defensivas e instaurar os tribunais islâmicos para aplicação da Sharia;
O Grupo Islâmico Nigeriano, Boko Haram, obriga milhares de Nigerianos a abandonarem suas casas além de massacrarem milhares de civis;
O Grupo Islâmico Nigeriano, Boko Haram, obriga milhares de Nigerianos a abandonarem suas casas além de massacrarem milhares de civis;
No México, desde 2006, aproximadamente 120 mil pessoas foram mortas nas guerras do tráfico travadas no país.
O Irã, uma ditadura teocrática que defende o genocídio, está prestes a conseguir fabricar armas nucleares.
Comunidades cristãs no Oriente Médio são aniquiladas; o massacre de cristãos é rotina na Nigéria.
É claro que o século 20 foi ainda mais sangrento, mas estamos apenas no 15º ano do século 21. Não obstante, mostrar o quanto o mundo é terrível para com tantos habitantes não é meu objetivo. O que quero demonstrar é que, apesar de tanta maldade e sofrimento, o mundo concentrou maciçamente a atenção nos supostos malfeitos de um país: Israel. O que torna tal fato tão digno de nota é que Israel está entre os países mais humanitários e livres do planeta. E o que é pior, é o único país do mundo sob ameaça de aniquilação. É óbvio que nenhum erro justifica o outro, e de forma alguma essas notícias dão base para que Israel mate milhares de civis. Não sou á favor da guerra, seja qual for, mas infelizmente Israel está sendo obrigado a guerrear devido as constantes ameaças dos grupos radicais islâmicos.
Este é o único caso da História em que os povos dos países livres tomaram as dores de um estado policial contra um estado livre. É impossível apontar qualquer outra ocasião na História Moderna – a única ocasião histórica em que existem sociedades livres – na qual, em uma guerra entre um estado livre e um estado policial, o estado livre foi considerado o agressor. É porque uma situação como a de Israel e dos inimigos do país nunca ocorrera antes.
A questão é, claro, por quê?
Por que em uma época na qual um shopping center do Quênia é bombardeado, na qual terroristas islâmicos massacram cristãos na Nigéria e milhares de pessoas morrem na Síria, o mundo está preocupado com uns 600 palestinos mortos como resultado direto de lançarem milhares de mísseis com a intenção de matar tantos israelenses quanto possível? Não que louvemos a morte de qualquer povo , nação ou etnia, mas por que essa obsessão contra Israel desde a fundação do país e, em especial, desde 1967?
Não pode ser ocupação. A China ocupa o Tibete e o mundo não presta a menor atenção. E a criação do Paquistão, que ocorreu ao mesmo tempo da criação de Israel, deu origem a milhões de refugiados muçulmanos (e hindus). Mesmo assim, ninguém presta atenção ao Paquistão, tampouco.
Há apenas duas explicações para essa anomalia moral. A primeira é uma predileção quase mundial pelos valores e ideias esquerdistas. Segundo esse viés de pensamento, os ocidentais estão quase sempre errados ao combater países ou grupos do Terceiro Mundo; e a parte mais fraca, especialmente se não for ocidental, é quase sempre rotulada de vítima quando combate um grupo ou país mais forte, em especial se este for ocidental. O esquerdismo substituiu o “bem e mal” por “rico e pobre”, “forte e fraco”, e “Ocidental (ou branco) e não-Ocidental (ou não-branco).” Israel é rica, forte e ocidental; os palestinos são pobres, fracos e não-ocidentais.
A única outra explicação possível é Israel ser judia. Não existe qualquer outra explicação racional, pois a ideia fixa com, assim como o ódio por Israel não são racionais. Israel é um país particularmente decente. Ela é miúda, é mais ou menos do tamanho do estado de Sergipe; e enquanto existem mais de 50 países muçulmanos, existe apenas um país judeu. Israel deveria ser admirada e apoiada, mas não odiada a ponto de existirem dúzias de países cujas populações querem ver Israel aniquilada, o que, mais uma vez, é um fenômeno singular. Nenhum outro país do mundo jamais foi escolhido para ser exterminado. Por mais difícil que seja para as pessoas modernas e pouco religiosas aceitarem, o judaísmo de Israel é a razão maior para o ódio a ela dedicado. Ironicamente, este fato, bem como a obsessão pelos judeus antes da existência de Israel, confirma para este observador o papel divino que os judeus desempenham na História. Poucos judeus se dão conta desse papel e um número ainda menor o deseja. Mas, a não ser pela influência da esquerda, não há outra explicação para a animosidade contra Israel.
Oremos por Israel. Maranata!
Prof. Saulo Nogueira
Oremos por Israel. Maranata!
Prof. Saulo Nogueira
Fontes:
http://veja.abril.com.br/blog/rodrigo-constantino/historia/por-que-as-pessoas-odeiam-israel/http://g1.globo.com/mundo/noticia/2014/06/entenda-o-que-e-um-califado.html;
http://g1.globo.com/mundo/noticia/2014/08/entenda-razoes-que-levaram-um-novo-conflito-no-iraque.html;
http://g1.globo.com/mundo/noticia/2014/07/milhares-de-nigerianos-deixam-cidade-com-medo-do-boko-haram.html,
http://www1.folha.uol.com.br/mundo/1180139-60-tibetano-morre-em-auto-imolacao-em-protesto-contra-a-china.shtml
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