quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Inédito! Suposto "pastor" expulsa suposto demônio de uma mulher supostamente endemoninhada.

         Um vídeo postado no Youtube no ano passado começou a circular nas redes sociais nesta semana mostrando um pastor evangélico colocando demônios em uma garrafa pet durante um ritual de libertação. Identificado como pastor Waldecy Ferreira, o homem pede para filmarem ele expulsando demônios de uma senhora que aparece de costas. Falando com a voz grave e fazendo sons guturais, a mulher treme enquanto obreiros em volta tentam impedir que ela saia do altar.
A pequena igreja onde as cenas foram filmadas não foi identificada, pois não há placas com o nome da denominação e nem descrição do vídeo.

         O pastor explica aos presentes e para quem estiver assistindo que irá colocar os demônios que estavam na mulher dentro de uma garrafa de refrigerante. Ele conta 1, 2 e 3 e aperta o frasco de plástico mostrando a mulher voltando a falar normalmente. Para comprovar a experiência ele afirma que irá devolver os demônios para o corpo da mulher e volta a contar até três abrindo o frasco, o que faz com que a mulher volte a falar de forma gutural. Em parte do vídeo Ferreira chega a menosprezar os pastores que passam por formação dizendo: “Seminário não ensina isso, seminário, carteira de pastor…”. A filmagem com mais de quatro minutos não mostra se a mulher voltou a ser exorcizada, mas no canal do pastor há outro vídeo mostrando uma sessão parecida.

Assista o Vídeo e se surpreenda:


Vi no Gospel Prime.

Nota do Blog: Quanta ignorância. Do "pastor" e dos membros. Por isso que algumas pessoas não levam os evangélicos á sério. Pra quê filmar "exorcismo"? Para expor a pessoa? Para fazer um merchandising da sua igreja? Para glorificar o homem? Não consigo entender tanta entrevista e sensacionalismo em cima do "diabo". E tem mais, o suposto pastor sequer utilizar o nome de Jesus na hora do exorcismo (ele simplesmente conta até três), depois ele volta o "demônio" para o corpos da mulher e (pasmem) a igreja glorifica! Fico imaginando Jesus permitindo que aqueles demônios que foram expulsos para os corpos daqueles porcos, voltassem para o corpo do Gadareno só pra provar pra galera que ele expulsou verdadeiramente a legião. Depois o "pastor" ainda critica os líderes que fazem Seminário e se esmeram no estudo da Palavra de Deus. Isso é muito conveniente pra ele, que nunca deve ter passado nem em frente a um Seminário e quer manter seus fiéis escravos de sua fajuta teologia. Lamentável. Em uma coisa eu tenho que concordar com ele: realmente Seminário não ensina isso. Graças à Deus!!!!

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

As 12 Bênçãos dos Hernandes

"Apóstolo" Hernandes e sua esposa "Bispa" Sônia  Hernandes
    Todos os meses o apóstolo Estevam Hernandes, líder da Igreja Renascer, profetiza 12 bênçãos aos seus fiéis durante a chamada Ceia de Oficiais, um evento mensal destinado aos obreiros da denominação. Durante o mês de setembro ele profetizou, entre outras coisas, que Deus dará “carros zero em condições especiais” e que “muitos terão um segundo carro”. As demais bênçãos falam sobre vida profissional e financeira como limpeza de dívidas, liberação de prêmios e sorteios, compra de casa própria e outros. As profecias são liberadas durante a ministração da oferta, neste mês o tema foi a “Oferta de Josias” tendo como base o texto de 2º Crônicas 34.8-33.
        Durante a pregação Hernandes relembrou a vida de Josias que começou a reinar aos 8 anos de idade e que quando completou 26 anos tomou a atitude de resgatar a relação entre o povo e Deus, chamando os sacerdotes e pedindo uma oferta em dinheiro. Josias teria usado aquele dinheiro para a obra de restauração que só aconteceu depois que ele selou uma aliança de prosperidade com os povos e nações. Na visão de Hernandes a “obra só pode ser feita se nós estivermos em aliança”, aliança essa criada através da entrega de uma oferta.
     “Deus não muda! É tempo de um grande concerto na sua vida financeira! É tempo de fazer um concerto em tudo aquilo que você não foi fiel. Quando você confia mais no homem do que em Deus, você está colocando ídolos no seu altar. Nós vamos entregar a oferta de Josias. Na casa do Senhor habitará o Espírito de Deus!”, disse Estevam Hernandes segundo o site da Renascer.
Veja as 12 bênçãos:
1ª) Deus vai reconstruir sua vida profissional e financeira, sua posição vai ser muito melhor do que tudo que viveu até agora;
2ª) Uma grande porta de negócio será aberta e vai mudar a história da sua vida, porta grande e poderosa que vem de Deus!;
3ª) Deus vai eliminar todo subemprego ou desemprego em nosso meio; o povo viverá em honra;
4ª) Provisões que estão retidas serão liberadas até 20 de setembro;
5ª) Deus vai trazer pessoas do exterior e de outros estados para te abençoar com recursos e negócios;
6ª) Mês de Hebrom. Deus vai limpar todas as dívidas das nossas vidas! Vai acontecer um milagre sobrenatural;
7ª) O Senhor dará carros zero em condições especiais e muitos terão um segundo carro;
8ª) Muitos sorteios e prêmios serão liberados e gratificações não esperadas serão liberadas;
9ª) Chaves da casa própria; muitos vão mudar de bairros e cidades. Deus vai te colocar na terra de Gósen;
10º) Deus vai dar graça a você diante do faraó; o seu trabalho vai prosperar diferentemente dos outros. O diabo tenta te confundir e colocar ódio em relação a você, mas o Senhor vai te justificar!
11º) Multiplicação: Deus vai te dar duas vezes mais de tudo aquilo que você já recebeu!;
12º) O Senhor vai quebrar maldições financeiras e familiares. Aquilo que era herança maldita Deus vai quebrar e um tempo novo será iniciado!

     Nota do Blog: Eu não quero dar minha opinião sobre esse assunto, pois essa é uma questão "apostólica" e eu não tenho gabarito pra isso. Então para comentar sobre essa notícia, convidei meu amigo e irmão Paulo de Tarso, um verdadeiro Apóstolo, para dar sua opinião sobre o assunto:

     A questão principal que devemos analisar é a cobiça de alguns e o desejo de se enriquecer, "pois nada trouxemos para este mundo e dele nada podemos levar; por isso, tendo o que comer e com que vestir-nos, estejamos com isso satisfeitos. Os que querem ficar ricos caem em tentação, em armadilhas e em muitos desejos descontrolados e nocivos, que levam os homens a mergulharem na ruína e na destruição, pois o amor ao dinheiro é raiz de todos os males. Algumas pessoas, por cobiçarem o dinheiro, desviaram-se da fé e se atormentaram a si mesmas com muitos sofrimentos".
(1 Timóteo 6:7-10)

Vi no Gospel Prime.

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Bactérias evoluem para resistir a antibióticos?

É frequente nas aulas de Biologia se alegar que “a evolução já foi observada” em certos micróbios-germes uma vez que, com o passar do tempo, eles passam a resistir a certos antibióticos. Por exemplo, atualmente a penicilina é globalmente menos eficaz do que era no passado. Como consequência disso, foi necessário desenvolver drogas mais fortes e mais potentes, cada uma delas com benefícios iniciais, mas que, com o passar do tempo, são substituídas por drogas ainda mais potentes. Hoje em dia, os “supergermes” desafiam o tratamento. Pode-se perguntar: Será que esses germes unicelulares “evoluíram”? E será que isso prova que organismos unicelulares evoluíram para plantas e pessoas?

Como é normal, temos que distinguir a variação, a adaptação e a recombinação de traços já existentes (a erradamente chamada “microevolução”), do aparecimento de novos genes, novas partes corporais e novos traços (isto é, macroevolução, que é a evolução que todos têm em mente). Uma vez que cada espécie de germes continuou a ser da mesma espécie e nada de novo foi produzido, então a resposta é “não”, os germes não evoluíram e a resistência aos antibióticos não confirma a tese de que organismos unicelulares evoluíram para plantas e pessoas. Eis aqui a forma como as coisas funcionam: numa dada população de bactérias, muitos genes se encontram presentes e eles se expressam numa variedade de formas e maneiras. Num ambiente natural, os genes (e os traços) se misturam livremente, mas quando as bactérias se deparam com antibióticos, a maior parte delas morre. Algumas, no entanto, e através de alguma recombinação genética fortuita, têm resistência ao antibiótico. Aquelas bactérias com essa resistência ao antibiótico passam a ser, consequentemente, as únicas que sobrevivem e as únicas que se reproduzem, fazendo com que todos os seus descendentes tenham dentro de si a mesma resistência antibiótica. Com o passar do tempo, virtualmente todas as bactérias passam a ter a mesma resistência, o que faz com que a população deixe de produzir bactérias sensíveis ao antibiótico (isto é, aquelas que ainda podem ser atacadas pelo antibiótico). Nenhuma informação genética nova foi criada. Evidentemente, quando a bactéria se encontra sob estresse, alguns micróbios entram em modo de mutação, produzindo rapidamente uma variedade de estirpes, aumentando desde logo as probabilidades de alguma dessas estirpes sobreviver ao estresse. Isso gerou algumas áreas de especulação para os criacionistas, mas ainda vai contra a teoria da evolução. Existe um tremendo alcance de potencial genético já presente na célula, mas a bactériaEscherichia coli antes do estresse e da mutação continua a ser uma bactéia Escherichia colidepois da mutação; uma variação menor ocorreu, mas não houve qualquer tipo de evolução.

Além disso, já ficou provado que a resistência a muitos dos antibióticos modernos já se encontrava presente nas bactérias antes da sua descoberta. No ano de 1845, marinheiros de uma expedição infeliz ao Ártico foram enterrados no “permafrost” e permaneceram profundamente congelados até que seus corpos foram exumados em 1986. A preservação foi tão completa que seis estirpes de bactérias do século 19 encontradas adormecidas dentro do conteúdo dos intestinos dos marinheiros foram ressuscitadas. Quando essas bactérias do século 19 foram testadas, apurou-se que elas já tinham resistência a muitos antibióticos modernos, incluindo a penicilina (embora alguns desses mesmos antibióticos só tenham sido criados/descobertos bem depois do século 19). Isso demonstra que essa resistência já se encontrava na população das bactérias, e tudo o que essa resistência precisava para ser geneticamente expressa era algum tipo de estresse exterior (por exemplo, exposição a um tipo de antibiótico). Uma vez que a resistência já se encontrava na população de bactérias antes de ela ser exposta aos antibióticos, isso demonstra também que a resistência não foi “evolução em ação”, mas, sim, uma recombinação de informação genética que já existia ANTES de a bactéria se deparar com esse antibiótico. Esses traços obviamente já estavam presentes antes da descoberta dos antibióticos, e, então, a evolução nunca pode ser creditada a um fenômeno que tem uma explicação não evolutiva (Medical Tribune, december 29, 1988, p. 1, 23).

Resumindo: as mutações, as adaptações, a variação, a diversificação, as mudanças populacionais e as transferências genéticas laterais ocorrem, mas nenhum destes fenômenos científicos é contra o criacionismo, e nenhum deles serve de evidência para a tese de que répteis evoluíram para pássaros e que animais terrestres evoluíram para baleias. Qualquer evolucionista que use a resistência aos antibióticos como evidência em favor da teoria da evolução está mentindo, ou desconhece os fatos (ou ambas as coisas).


Fonte: (ICR, via Darwinismo), Criacionismo

Campinas sediará o 1º Congresso Brasileiro de Design Inteligente

Pela primeira vez terá lugar na cena científica brasileira um congresso especializado com o objetivo de debater os fundamentos e implicações da Teoria do Design Inteligente (TDI). O 1° Congresso Brasileiro de Design Inteligente ocorrerá nos dias 14, 15 e 16 de novembro no resort The Royal Palm Plaza, em Campinas (São Paulo), com uma extensa programação especialmente planejada para receber e fomentar o debate científico em torno da origem do Universo e da Vida. Na programação, 15 palestras sobre temas que vão desde a química, a bioquímica e a cosmologia  serão proferidas por importantes nomes de nosso meio científico como Rodinei Augusti, Kelson Mota, Marcos Eberlin e Ricardo Marques. A história, conceitos e fundamentos da teoria conhecida como sendo inovadora e ousada  - por quebrar paradigmas no meio científico - na chamada Ciência das Origens, serão abordados nos três dias do encontro. A programação contará ainda com jantar de gala, atividades de confraternização, coffee breaks e no domingo, finalizará com a realização de uma assembleia de cunho histórico para a criação da Sociedade Brasileira do Design Inteligente e a divulgação do Primeiro Manifesto Público TDI-Brasil, que abordará, entre outros tópicos, a questão do debate científico entre evolução e a TDI e o ensino da evolução e do Design Inteligente nas escolas e universidades públicas brasileiras. As inscrições podem ser feitas pelo website oficial do congressohttp://www.designinteligentebrasil.com.br/, no link inscrições.

Reconhecida como sendo uma teoria revolucionária, a TDI estuda e analisa os dados científicos mais recentes sobre os eventos que deram origem ao Universo e aos seres vivos, que interpreta apontando, por meio de observação científica e seus métodos, os padrões de inteligência revelados através da complexidade irredutível, da informação e da antevidência, que produzem as evidências de uma inteligência organizadora. Em seu arcabouço teórico, a TDI reúne metodologia e conhecimentos interdisciplinares de estudos dos seres vivos em nível molecular, e através de inferências baseadas em fatos observáveis, propõe uma reinterpretação da origem da vida. Uma das principais inferências é que não existem processos naturais não guiados conhecidos que, para a vida, poderiam ter formado seus sistemas de irredutível complexidade, nem a informação semântica e aperídica que governa a vida, como sugere a evolução darwiniana, e que a ciência assim só conhece uma causa para tal complexidade e informação: mentes inteligentes. Assim, há evidencias claras hoje em Ciência contra a ação de processos naturais e em favor do Design Inteligente. “Como cientistas, pagos com recursos públicos”, diz o professor Marcos Eberlin, coordenador do evento,  professor titular da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), e membro das Academias Paulista e Brasileira de Ciências, “não temos a opção, mas a obrigação de, deixando nossas preferências em casa, avaliar as duas causas possíveis e contar à população a verdade dos dados”. E conclui: “esses dados apontam como nunca antes, para a maior descoberta científica de todos os tempos em ciência, a de que fomos planejados. A TDI se propõe então a fazer ciência plena e sem pré-conceitos, livres de qualquer pré-concepção de como o Universo e a Vida são, e como deveriam ter sido formados”. 

Eberlin, que estuda a fundo a composição da matéria com suas diferentes moléculas no laboratório ThoMSon, que coordena no Instituto de Química da Unicamp, descreve como nos menores componentes da Vida - os átomos e as moléculas - existe uma “assinatura” molecular que aponta para o DI. “Veja os átomos e o balé sincronizado de seus elétrons em orbitais. As proteínas, que possuem uma arquitetura química tridimensional e com pontos de encaixe engenhosamente posicionados que confere a essas moléculas propriedades diversas, uma eficiência extraordinária como aceleradores de reações jamais igualada por qualquer outra máquina. Tudo isso reúne beleza, simetria, design, engenhosidade, sincronismo, ordem, linguagem e periodicidade, quantização, tridimensionalidade – assinaturas inquestionáveis de um Design Inteligente e em tudo absolutamente espetacular!”

A Teoria o Design Inteligente

A TDI é um programa de pesquisa científica, bem como uma comunidade de cientistas, filósofos e estudiosos que procuram fazer ciência livre e despreconceituosa e assim avaliam frente aos dados as duas causas possíveis para o Universo e a Vida: Forças naturais ou a ação de uma mente inteligente. A teoria sustenta que as características do Universo e dos seres vivos são contrárias à ação de processos naturais e melhor explicadas por uma causa inteligente. Em suas pesquisas, a TDI tem aplicado diferentes métodos para detectar nos dados científicos evidências da complexidade irredutível das estruturas biológicas, a informação aperiódica, específica e funcional contida por exemplo no DNA, e a arquitetura física e ajuste fino do Universo que sustenta a vida, além da origem geológica rápida como na diversidade biológica no registro fóssil durante a explosão Cambriana e a ausência de dados nesse registro que comprovem a evolução darwiniana.


A TDI moderna surgiu nos EUA na década de 1980 e desde então tem ganhado adeptos em todo o mundo, possuindo hoje inúmeros acadêmicos, cientistas, profissionais e  estudiosos que compactuam com sua visão teórica. Em seus quadros reúne prestigiados cientistas de todas as áreas, como química, bioquímica, biologia, física, estudiosos de filosofia, ética, teologia, ciências sociais, arqueologia. A TDI se propõe assim a fazer ciência com todo o rigor e a liberdade que ela deve ter, deixando de lado  crenças e pressupostos de seus defensores, mas seguindo sempre os dados científicos e as conclusões livres de paradigmas, sem necessariamente se ater a implicações filosóficas ou teológicas que essas conclusões venham a ter.
Fonte: CPADNEWS

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Qual a diferença entre o Arrebatamento e a Segunda Vinda de Cristo?

         Muitas dúvidas nos vem á mente quanto tratamos de assuntos acerca do Arrebatamento e a Segunda Vinda de Cristo. Para contribuir com o debate, quero trazer aos leitores, um estudo muito elucidativo do grande autor e conferencista Dave Hunt, na qual muitas dúvidas serão esclarecidas. 
 “E eis que venho sem demora, e comigo está o galardão que tenho para retribuir a cada um segundo as suas obras... Certamente, venho sem demora” (Ap 22.12,20).
O encontro nos ares

Essas palavras, as últimas de Cristo que foram registradas por escrito, confirmam Sua promessa anterior: “...voltarei e vos receberei para mim mesmo, para que onde eu estou, estejais vós também” (Jo 14.3). Paulo faz referência ao cumprimento dessa promessa:

“Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, ...e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro; ...depois nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e, assim, estaremos para sempre com o Senhor” (1 Ts 4.16-17).
Como resposta a essas promessas de Cristo, “o Espírito e a noiva dizem: Vem!” (Ap 22.17);ao que João adiciona, jubilante: “Amém! Vem, Senhor Jesus!” (Ap 22.20b). Quem é essa Noiva? Após declarar que esposo e esposa são “uma só carne”, Paulo explica: “Grande é este mistério, mas eu me refiro a Cristo e à igreja” (Ef 5.32).
          A qualquer momento
As palavras de Cristo, do mesmo modo como as de João, do Espírito e da Noiva, não fariam sentido se essa vinda para levar os crentes para Si mesmo tivesse que esperar a revelação do Anticristo ou a consumação da Grande Tribulação (perspectiva pós-tribulacionista). Uma vinda de Cristo “pós-qualquer coisa” para Sua Noiva simplesmente não se encaixa nessas palavras das Escrituras. Afirmar que a Grande Tribulação deve ocorrer primeiro, para que o Espírito e a Noiva digam: “Vem, Senhor Jesus”, é como exigir o pagamento de uma dívida que vai vencer somente em sete anos! Um Arrebatamento “pós-qualquer coisa” vai contra várias passagens das Escrituras que demandam claramente a vinda de Cristo a qualquer momento (iminente). O próprio Jesus disse: “Cingido esteja o vosso corpo, e acesas as vossas candeias, sede vós semelhantes a homens que esperam o seu senhor” (Lc 12.35,36a). Esse mandamento seria ridículo se Cristo pudesse vir para o Arrebatamento apenas após os sete anos da Tribulação.
A vinda que a Noiva de Cristo tanto deseja levará à ressurreição dos mortos e à transformação dos corpos dos vivos. Isso fica bem claro não somente em 1 Tessalonicenses 4, mas também através de outras passagens: “...de onde (os céus) aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, o qual transformará o nosso corpo de humilhação, para ser igual ao corpo da sua glória” (Fp 3.20-21). Muitas outras passagens também incentivam os crentes a vigiar e esperar com intensa expectativa. Essas exortações somente fazem sentido se a possibilidade de Cristo levar Sua Noiva para o céu puder ocorrer a qualquer momento: ”... aguardando vós a revelação de nosso Senhor Jesus Cristo” (1 Co 1.7); “...deixando os ídolos, vos convertestes a Deus, para servirdes o Deus vivo e verdadeiro, e para aguardardes dos céus o Seu Filho...” (1 Ts. 1.9-10); “...aguardando a bendita esperança e a manifestação do nosso grande Deus e Salvador Cristo Jesus” (Tt. 2.13); “...aparecerá segunda vez ...aos que o aguardam para a salvação” (Hb 9.28); “Sede, pois, irmãos, pacientes, até à vinda do Senhor” (Tg 5.7). É óbvio que diferentes opiniões sobre o Arrebatamento não afetam a salvação, mas deveríamos procurar entender o que a Bíblia diz. A Igreja primitiva estava claramente esperando o Senhor a qualquer momento. Estar vigiando e esperando por Cristo, se o Anticristo deve aparecer primeiro, é como esperar o Pentecoste antes da Páscoa. No entanto, Cristo exortou: “Vigiai, pois, porque não sabeis o dia nem a hora” (Mt 25.13); “...para que, vindo ele inesperadamente, não vos ache dormindo. O que, porém, vos digo, digo a todos: vigiai” (Mc 13.36-37).
A surpresa da Sua vinda
A seguinte afirmação de Jesus também não se encaixa numa vinda pós-tribulacionista: “Por isso, ficai também vós apercebidos; porque, à hora que não cuidais, o Filho do Homem virá” (Mt 24.44). É absurdo imaginar que qualquer pessoa sobrevivente da Grande Tribulação, que tenha visto os eventos profetizados (as pragas e julgamentos derramados na terra; a imagem do Anticristo no Templo; a marca da besta imposta a todos que quiserem comprar e vender; as duas testemunhas testificando em Jerusalém, sendo mortas, ressuscitadas e levadas ao céu; Jerusalém cercada pelos exércitos do mundo, etc.), tendo contado os 1260 dias (3 anos e meio) de duração da segunda metade da Grande Tribulação (preditos em Apocalipse 11.2-3;12.14), poderia imaginar naquela hora que Cristo estaria a ponto de retornar após todos esses acontecimentos, isso será por demais evidente. Portanto, simplesmente não há como reconciliar uma vinda de Cristo pós-tribulacionista com Seu aviso de que virá quando não estiver sendo esperado.
Distinção entre Arrebatamento e Segunda Vinda
Somente essa afirmação já distingue o Arrebatamento (a retirada da Igreja da terra para o céu) da Segunda Vinda (para resgatar Israel durante o Armagedom); pois este último acontecimento não vai surpreender quase ninguém. Contrastando com Seu aviso de que mesmo muitos na Igreja não O estarão esperando, as Escrituras anunciam outra vinda de Cristo quando todos os sinais já tiverem sido cumpridos e todos souberem que Ele está voltando. A um Israel descrente, Cristo declarou: “Assim também vós: quando virdes todas estas coisas, sabei que está próximo, às portas” (Mt. 24.33). Até o Anticristo saberá: “E vi a besta e os reis da terra, com os seus exércitos, congregados para pelejarem contra aquele que estava montado no cavalo e contra o Seu exército” (Ap 19.19).
Ou Cristo está se contradizendo (impossível!), ou Ele está falando de dois eventos. Jesus disse que virá num tempo de paz e prosperidade quando até Sua Noiva não estará esperando por Ele: “Ficai também vós apercebidos, porque, à hora em que não cuidais, o Filho do Homem virá” (Lc 12.40). Não somente as [virgens] néscias, mas até as sábias estarão dormindo: “E, tardando o noivo, foram todas tomadas de sono e adormeceram” (Mt 25.5). No entanto, a Escritura diz que o Messias virá quando o mundo estiver quase destruído pela guerra, fome e os juízos de Deus, e quando Israel estiver quase derrotado. Então, Yahweh declara: “olharão para aquele a quem traspassaram” (Zc 12.10b), e todos os judeus vivos na terra reconhecerão seu Messias que retornará como “Deus forte, Pai da Eternidade” (Is 9.6): exatamente como os profetas previram, Ele veio como homem, morreu pelos seus pecados, e retornará, dessa vez para salvar Israel. Sobre esse momento culminante, Cristo declara: “Aquele, porém, que perseverar até ao fim, esse será salvo” (Mt 24.13). Paulo adiciona: “...todo o Israel [ainda vivo] será salvo”... (Rm 11.26).
Dois eventos distintos
Não podemos escapar ao fato de que duas vindas de Cristo ainda se darão no futuro: uma que surpreenderá até mesmo Sua Noiva e outra que não será uma surpresa para quase ninguém. As duas não podem ser o mesmo evento. Mas onde o Novo Testamento diz que ainda há duas vindas a serem cumpridas? Todo cristão crê em duas vindas de Cristo: Ele veio uma vez à terra, morreu pelos nossos pecados, ressuscitou dentre os mortos, retornou ao céu e voltará. Contudo, aparentemente em nenhum lugar do Antigo Testamento parece dizer que haveriam duas vindas distintas. Esse fato causou confusão para os rabinos, para os discípulos de Cristo e até para João Batista, que era “cheio do Espírito Santo, já do ventre materno” (Lc 1.15, 41,44), João tinha testificado que Jesus era “o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” (Jo 1.29). No entanto, este último dos profetas do Velho Testamento, de quem não havia ninguém maior “nascido de mulher” (Lc 7.28), começou a duvidar: “És tu aquele que estava para vir ou havemos de esperar outro?” (Mt 11.3).
Somente uma vinda do Messias era esperada pelos Judeus. Ele iria resgatar Israel e estabelecer Seu Reino sobre o trono de Davi em Jerusalém. Por essa razão os rabinos, os soldados e a multidão zombaram dEle na cruz (Mt 27.40-44; Mc 15.18-20; 29-32; Lc 23.35-37). Apesar de todos os milagres que Jesus tinha feito, os discípulos, da mesma forma, tomaram Sua crucificação como a prova conclusiva de que Ele não poderia ter sido o Messias. Os dois na estrada de Emaús disseram: ”... nós esperávamos que fosse Ele quem havia de redimir Israel” (Lc 24.19-21) – mas agora Ele estava morto. Cristo os repreendeu por não crerem “tudo o que os profetas disseram!” (Lc 24.25). Este era o problema comum: deixar de considerar todas as profecias. Israel tinha uma compreensão unilateral da vinda do Messias (e continua assim atualmente), que lhe permitia ver apenas Seu reino triunfante e o deixava cego para Seu sacrifício pelo pecado. Até mesmo muitos cristãos estão tão obcecados com pensamentos de “conquista” e “domínio” que imaginam ser responsabilidade da Igreja dominar o mundo e estabelecer o Reino de Deus, para que o Rei possa retornar à terra para reinar. Eles se esquecem da promessa que Ele fez à Sua Noiva de levá-la ao céu, de onde ela voltará com Ele para ajudá-lO a governar o mundo.
O Arrebatamento ocorrerá antes da Tribulação
Como poderia Cristo executar julgamento sobre a terra, vindo do céu “entre suas santas miríades (multidões de santos)” (Jd 14), se primeiro não as tivesse levado para o céu? Aqui temos outra razão para um Arrebatamento anterior à Tribulação. Incrivelmente, Michael Horton, em seu livro “Putting Amazing Back into Grace”, imagina que 1 Tessalonicenses 4.14 (“assim também Deus, mediante Jesus, trará, em sua companhia, os que dormem”) refere-se à Segunda Vinda de Cristo “com os santos”. Ao contrário, na ocasião do Arrebatamento Jesus trará a alma e o espírito dos cristãos fisicamente mortos para serem reunidos com seus corpos na ressurreição, levando-os para o céu juntamente com os vivos transformados. Na Segunda Vinda Ele trará consigo de volta à terra os santos vivos, que já foram ressuscitados e previamente levados ao céu no Arrebatamento. Antes da volta de Cristo com os Seus santos haverá a celebração das Bodas do Cordeiro com Sua Noiva (Ap 19.7). Tendo passado pelo Tribunal de Cristo (1 Co 3.12-15); (2 Co 5.10 ), os santos estarão vestidos de linho fino, branco e puro (Ap 19.8). Certamente eles devem ser também o exército vestido de linho fino, branco e puro (Ap 19.14) que virá com Cristo para destruir o Anticristo. Quando eles foram levados ao céu? É claro que isso não ocorrerá durante a própria Segunda Vinda, pois não haveria tempo suficiente nem para o Tribunal de Cristo, nem para as Bodas do Cordeiro. O Arrebatamento deve ter ocorrido anteriormente. Aqueles que estão com seus pés plantados na terra, esperando encontrar um “Cristo”, esquecem que o verdadeiro Cristo virá nos buscar para nos encontrarmos com Ele nos ares e nos levará para a casa de Seu Pai. Eles se esquecem também que o Anticristo estabelecerá um reino terreno antes que o verdadeiro Rei volte para reinar. Infelizmente, os que se empenham em estabelecer um reino nesta terra estão preparando o mundo para o reino fraudulento do “homem do pecado”.
A Escritura registra duas vindas
Como alguém nos tempos do Velho Testamento poderia saber que haveria duas vindas do Messias? Somente por implicação. Ou os profetas se contradisseram quando profetizaram que o Messias seria rejeitado e crucificado e que Ele também seria proclamado Rei sobre o trono de Davi para sempre, ou eles falavam de duas vindas de Cristo. Não há forma de colocar dentro de um só evento o que os profetas disseram. Simplesmente tem de haver duas vindas do Messias: primeiro como o Cordeiro de Deus, para morrer pelos nossos pecados, e depois como o Leão da Tribo de Judá (Os 5.14-15; Ap 5.5), em poder e glória para resgatar Israel no meio da batalha do Armagedom. A mesma coisa acontece no Novo Testamento. Note as muitas “contradições”, a menos que estes sejam dois eventos:
1) Ele vem para Seus santos e numa hora que ninguém espera; mas vem com Seus santos quando todos souberem que Ele está vindo;
2) Ele não vem à terra mas arrebata os santos para se encontrarem com Ele nos ares (1 Ts 4.17); por outro lado, Ele vem à terra: “naquele dia, estarão Seus pés sobre o monte das Oliveiras” (Zc.14.4), e os santos vem à terra com Ele;
3) Ele leva os santos para o céu, para as muitas mansões na casa de Seu Pai, para estarem com Ele (Jo.14.3); mas traz os santos do céu (Zc 14.5, Jd 14);
4) Ele vem para Sua Noiva num tempo de paz e prosperidade, bons negócios e prazeres (Lc 17.26-30); mas volta para salvar Seu povo Israel quando o mundo já terá sido praticamente destruído, em meio ao pior conflito já visto na terra, a batalha do Armagedom;
Rebatendo as críticas ao Arrebatamento
Cristo declarou: “Assim como foi nos dias de Noé ...comiam, bebiam, casavam-se... O mesmo aconteceu nos dias de Ló: comiam, bebiam, compravam, vendiam, plantavam e edificavam; mas, no dia em que Ló saiu de Sodoma, choveu do céu fogo e enxofre... Assim será no dia em que o Filho do Homem se manifestar” (Lc 17.26-30). Essas condições mundiais por ocasião do Arrebatamento só podem se referir ao período anterior à Tribulação; certamente não ao final dela!
Arrebatamento? Há críticos afirmando que a palavra “Arrebatamento” nem está na Bíblia! Isso não é verdade, pois a versão latina da Bíblia (Vulgata), feita por Jerônimo no quinto século, traduziu o grego harpazo (arrancar subitamente) pela palavra raptus (raptar), da qual deriva “Arrebatamento”. Foi o que Cristo nos prometeu em João 14: levar-nos para o céu. Outros críticos divulgam o mito propagado por Dave MacPherson, de que o ensino do Arrebatamento antes da Tribulação apareceu apenas no início do século XIX através de Darby, que o teria aprendido de Margaret MacDonald. Ela o teria recebido de Edward Irving, e este, por sua vez, o teria encontrado nos escritos do jesuíta Emmanuel Lacunza. Isso simplesmente não é verdade. Muitos escritores anteriores expressaram a mesma convicção. Um deles foi Ephraem de Nisibis (306-373 d.C.), bem conhecido na história da igreja da Síria. Ele afirmou: “Todos os santos e eleitos de Deus serão reunidos antes da tribulação, que está por vir, e serão levados para o Senhor...” Seu sermão com essa afirmação teve ampla circulação popular em diferentes idiomas.
Sim, há uma vinda do Senhor após a Tribulação: “Logo em seguida à tribulação daqueles dias... verão o Filho do Homem vindo sobre as nuvens do céu, com poder e muita glória” (Mt 24.29-30). A referência aos anjos “reunindo Seus escolhidos dos quatro ventos” (vv. 29-31) certamente não significa Cristo arrebatando Sua Igreja para levá-la ao céu, pois trata-se do ajuntamento do Israel disperso, de volta à sua terra quando da Segunda Vinda. Cristo associou o mal com o pensamento de que Sua vinda se atrasaria: “Mas, se aquele servo, sendo mau, disser consigo mesmo: Meu Senhor demora-se” (Mt 24.48; Lc 12.45).Novamente, essa afirmação não tem sentido se o Arrebatamento vem após a Tribulação.
Conclusão
Não existe motivo maior para uma vida santa e um evangelismo diligente do que saber que o Senhor poderia nos levar ao céu a qualquer momento. Que a Noiva acorde do seu sono, apaixone-se novamente pelo Noivo, e de coração diga continuamente por meio da sua vida diária: “Vem, Senhor Jesus!”. 


Texto adaptado do artigo de Dave Hunt.
Fonte: (TBC - http://www.chamada.com.br)


sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Descoberta científica coloca em dúvida os supostos milhões de anos dos Dinossauros

Foto: Canadian Light Source/University of Regina
A descoberta de restos de dinossauro muito bem preservados, por parte de pesquisadores Canadenses, provou ser um desafio direto às pressuposições evolutivas de longa data.
Em Junho do ano passado, um grupo de cientistas afiliados com a “Canadian Light Source” (CLS) – equipe de pesquisa primordialmente dedicada ao estudo da composição da matéria através da ciência sincroton – desenterrou um fascinante fóssil de dinossauro na parte ocidental de Alberta [Canadá]. Para espanto da maioria dos pesquisadores, um muito bem preservado pedaço de pele de dinossauro encontrava-se ligado ao fóssil de hadrossauro. Um dos pesquisadores da equipe, Mauricio Barbi (físico da Universidade de Regina), ficou entusiasmado com a descoberta, comentando que o espécime pode muito bem ser a chave para se aprender mais sobre a aparência do dinossauro:

Se formos capazes de observar os melanossomas e a sua forma, isso será a primeira vez que os pigmentos serão identificados na pele do dinossauro. Não temos qualquer tipo de ideia concreta em torno da aparência da pele. Já foram feitas pesquisas que provaram a cor de algumas penas de dinossauro, mas nunca da pele.”

O Dr. Barbi quer também aprender mais sobre a teórica evolução dos hadrossauros a partir do estudo deste fóssil particular:
Ao mesmo tempo que usamos a tecnologia de ponta para entender a estrutura interna destas coisas, isso pode contribuir para o entendimento dos nossos animais, e da forma como eles evoluíram [sic].”           
       
      Entretanto, à medida que alguns cientistas se encontram em êxtase com as implicações desta descoberta, outros estão a colocar questões básicas: Como é que esta pele de dinossauro – que, segundo os modelos evolutivos, tem no mínimo 60 milhões de anos – pôde permanecer intacta sem entrar em decomposição? Muitos criacionistas Bíblicos  dizem que a resposta é simples: Ela nunca poderia ter permanecido intacta tanto tempo. Brian Thomas, escritor científico para o “Institute for Creation Research” (ICR), publicou recentemente um artigo para o IRC, onde ele detalha o porquê de ser um absurdo acreditar que a pele de dinossauro como esta poderia ter sobrevivido milhões de milhões de anos:
Quem, se entrasse num quarto e se deparasse com uma vela acesa, iria procurar as “condições especiais” que haviam permitido que a vela permanecesse acesa durante milhões de anos? Não faria muito mais sentido questionar primeiro durante quanto tempo é que a vela poderia ficar acesa antes de se apagar?

Numa entrevista com a “Christian News Network”, Thomas explicou que a pele é primariamente composta por colágeno, uma proteína resistente e insolúvel.  Apesar desta resistência, testes rigorosos demonstraram que o colágeno (tal como as outras proteínas), decai de modo constante com o passar do tempo, e – mesmo num cenário “ideal” – nunca poderia ter durado mais do que um milhão de anos. De fato, e segundo condições realistas, o tempo máximo da vida do colágeno está mais perto dos 300 mil anos. Dada a taxa de decaimento constante das proteínas, Thomas comparou o colágeno na pele do dinossauro com um temporizador de ovo:
Quando o temporizador “faz barulho”, já não deveria haver algum tipo de pele. Mesmo que ela se encontrasse embutida numa rocha, ela tornar-se-ia em pó bem no meio da rocha devido à natureza da sua química- Portanto, o temporizador deveria ter feito “barulho” muito antes dos milhões de anos que os evolucionistas atribuíram a este tipo de fósseis.”


Embora achados tais como os de Alberta sejam raros, Thomas mencionou que já ocorreram várias outras descobertas de tecido macio e proteínas em fósseis que têm supostamente “milhões de anos”. Uma lista  do site do ICR documenta numerosos artigos revistos por pares que relatam tais descobertas. Thomas disse também que uma melhor explicação para a existência destes restos de animais é o modelo da Terra Jovem. Segundo este modelo, fundamentado nas Escrituras, a maior parte dos fósseis de dinossauro foram enterrados durante o Grande Dilúvio que ocorreu há cerca de 4.400 anos. Apesar disto, e apesar da montanha de evidências contrárias, Thomas ressalvou que os evolucionistas irão, de modo dogmático, alegar que os restos destes animais têm milhões de milhões de anos: Isso é algo que eles fazem, fizeram, e irão fazer.

Fonte: Christian news 

Aqueles que arvoram a bandeira de que o Evolucionismo está muito bem fundamentado e as provas a seu favor são irrefutáveis estão diante de situações que Darwin, na sua época nem podia cogitar, a possibilidade de se estudar estruturas à nível celular é uma delas. Além disso existe uma necessidade vital de se estender a cronologia histórica para além da nossa realidade, alegando os supostos milhões de anos para sustentar essa frágil Teoria.  

Prof. Saulo Nogueira

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Como Gênesis 1 pode harmonizar-se com os imensos períodos indicados pelas camadas fósseis e a suposta ancestralidade humana ?

Grand Canyon
Esse estudo, retirado majoritariamente da Enciclopédia de Temas Bíblicos, de um do maiores especialistas em Apologética, Gleason Archer, e de outras fontes mais recentes, nos levará uma maior compreensão da relação entre as descobertas mais recentes da Geologia e Arqueologia e a Inerrante Palavra de Deus. O artigo será um pouco extenso, mas tenho certeza que compensará cada segundo de estudo por parte daqueles que almejam um maior entendimento das Escrituras. A minha crença pessoal, creio que a mesma do Sr. Archer, é que de fato não existe nenhum impedimento Bíblico para que o Universo tenha mais de 6.000 anos, porém, para a idade do homem sobre a terra, essa é uma cronologia bem razoável, podendo se estender até no máximo uns 10.000 anos, devido a saltos genealógicos (além de não sabermos quanto tempo Adão e Eva ficaram no paraíso antes da queda).


       Uma das objeções mais frequentemente apresentadas à confiabilidade da Escritura, encontra-se na aparente discrepância entre a narrativa da criação dada em Gênesis 1 e a suposta evidência de fósseis e minerais físseis nas camadas geológicas que dão indícios de ter a Terra bilhões de anos de idade [Recentemente pesquisas demonstraram que as datações geocronológicas não são tão confiáveis assim, conforme esse post]. Contudo, Gênesis 1, como se sabe,  ensina  que  a  criação  ocorreu  em  seis  dias  de  24  horas,  ao  fim  dos  quais o homem  já  estava na  terra. Mas esse conflito entre Gênesis 1  e os dados  científicos fundamentados (em contraposição às teorias de alguns cientistas que tiram inferências de  seus  dados  e  são  capazes  de chegar  a  uma  interpretação  bem  diferente  da  de pessoas igualmente capacitadas em geologia) é apenas aparente, não real. Com  certeza,  se  tivéssemos  de  entender Gênesis  1  de  forma  completamente literal — o que pensam alguns  ser o único princípio apropriado de  interpretação no caso de  a Bíblia  ser verdadeiramente  Inerrante  e  completamente  confiável —  então não  haveria  possibilidade  de conciliação  entre  a  teoria  científica  moderna  e  a narrativa  de  Gênesis.  Mas uma crença verdadeira e adequada na inerrância da Escritura não implica numa única regra de interpretação, seja literal, seja figurada. O que de fato se requer é uma crença no sentido que o autor bíblico (humano e divino) tenha de fato atribuído às palavras usadas. 

A literalidade absoluta, por exemplo, nos  enredaria  na  proposta de  que  em Mateus 19.24  (e  em passagens paralelas) Cristo de  fato tencionava  ensinar que  um camelo poderia passar pelo buraco da agulha. Mas está claro que Cristo usava apenas uma conhecida figura de retórica, a hipérbole, a fim de ressaltar como é difícil espiritualmente um rico (por seu orgulho quanto às riquezas materiais) chegar ao arrependimento  e  à  fé  salvadora  em Deus. Interpretar  literalmente essa passagem equivale a uma heresia ou no mínimo a uma perversidade para com a ortodoxia. Ou, ainda, quando Jesus disse à multidão que o desafiava a operar algum milagre: "Destruam este templo, e eu o levantarei em  três dias"  (Jo  2.19),  aquelas  pessoas  erraram  deploravelmente  ao  interpretar  sua declaração de  forma  literal.  João 2.21, 22 explica que Jesus não pretendia que essa predição fosse tomada literalmente, e sim de modo espiritual. "Mas o templo do qual ele falava era o seu corpo. Depois que ressuscitou  dos mortos,  os  seus  discípulos lembraram-se do que ele tinha dito. Então creram na Escritura e na palavra que Jesus dissera."  Nesse  caso,  então,  a  interpretação  literal  estava  completamente  errada, porque  não  era  o  que  Jesus  queria  dizer:  ele  se  referia  ao milagre — muito mais grandioso — de sua ressurreição corporal. Assim, torna-se claro que, ao estudar o texto de Gênesis 1, não podemos fugir à responsabilidade de fazer cuidadosa exegese a fim de estabelecer com clareza o que o autor  divino  quis  dizer  com  a  linguagem  que  seu  profeta  inspirado  (provavelmente Moisés) foi orientado a empregar.

Seria o verdadeiro propósito de Gênesis 1 ensinar que toda a criação começou apenas seis dias de 24 horas antes de Adão "nascer"? Ou será essa apenas uma inferência enganosa que não leva em conta outros dados bíblicos relacionados diretamente a essa passagem? Para responder a essa pergunta, precisamos observar cuidadosamente o que se registra em Gênesis 1.27 com respeito à criação do homem como o último ato do sexto dia da criação. Ali se declara que, no sexto dia (ao que tudo indica, quase no fim do dia, após todos os animais terem sido criados e colocados sobre a terra — portanto não muito tempo antes do ocaso do mesmo dia), "criou Deus o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou". Isso só pode significar que Eva foi criada na última hora do sexto dia, junto com Adão. Ao examinar Gênesis 2, entretanto, descobrimos que um intervalo considerável de  tempo  deve  ter  ocorrido  entre  a  criação  de Adão  e  a  criação  de Eva. Em 2.15, lemos que Iavé Elohim (i.e., o SENHOR Deus) colocou Adão no jardim  do Éden,  o ambiente ideal para seu desenvolvimento, e ali ele deveria cultivar e manter o enorme parque,  com  todas  as  suas  boas  árvores,  colheita  abundante  de  frutos  e  quatro  rios poderosos  que  fluíam  do  Éden  para  outras  regiões  do Oriente  Próximo.  Em 2.18, lemos: "Então o SENHOR Deus declarou: 'Não é bom que o homem esteja só; farei para ele alguém que o auxilie e lhe corresponda'". Essa afirmação sugere claramente que Adão estivera diligentemente ocupado em sua responsabilidade de podar, colher frutos e manter o solo livre de vegetação rasteira por tempo suficientemente longo para ter perdido o entusiasmo inicial e o senso de  euforia  diante  dessa  ocupação maravilhosa  no  belo  paraíso  edênico.  Ele começara a sentir certa solidão e uma insatisfação íntima. A fim de compensar a solidão, Deus incumbiu Adão de uma tarefa importante na história natural: classificar  todas  as  espécies  de  animais  e  aves  encontradas  na reserva. Com seus cinco rios poderosos e vasta extensão, o jardim deve ter abrigado centenas de espécies de mamíferos, répteis, insetos e aves, sem mencionar os insetos voadores, que também são indicados pelo termo hebraico básico ‘ôp ("ave").  O cientista sueco Linnaeus levou diversas décadas para classificar todas as espécies conhecidas dos cientistas europeus do século XVIII. Sem dúvida, havia muitas mais a essa altura que nos dias de Adão, e, naturalmente, a gama da fauna no Éden pode ter sido mais limitada que a encontrada por Linnaeus.  Ainda assim, Adão deve ter precisado de muito estudo para examinar cada espécime e determinar-lhes um nome adequado, especialmente considerando o fato de que não havia absolutamente nenhuma tradição humana a que recorrer no que dizia respeito à nomenclatura. Devem ter sido necessários alguns anos ou, no mínimo, um número considerável de meses para que ele concluísse esse abrangente inventário de todas as aves, animais selvagens e insetos que povoavam o jardim do Éden. 

Por fim, após essa tarefa ter sido completada, o que contou com o envolvente interesse de Adão, ele experimentou novamente o senso de vazio.  Gênesis 2.20 termina com as palavras: "Todavia não se encontrou para o homem alguém que o auxiliasse e lhe correspondesse". Deus, portanto, submeteu-o a um sono profundo, removeu de seu corpo o osso mais próximo do coração e, daquele cerne físico do homem, moldou a primeira mulher. Finalmente Deus apresentou a Adão a mulher em toda a sua beleza, cheia de frescor e de pureza, e Adão sentiu-se extasiado de alegria. Visto termos comparado a Escritura com a Escritura (Gn 1.27 com 2.15-22), ficou muito patente que Gênesis  1  não  foi  escrito  para  ensinar  que  o sexto dia  da criação, no qual tanto Adão quanto Eva foram criados, durou apenas 24 horas. Tendo em vista  o  longo  intervalo  de  tempo  entre  o  surgimento  de  ambos,  parece irracionalidade insistir que toda a experiência de Adão em Gênesis 2.15-22 pode ser comprimida  nas  últimas  horas  de  um  dia  literal de  24  horas.  A única conclusão razoável a que  se pode chegar é que o propósito de Gênesis 1 não é dizer com que rapidez Deus realizou a obra da criação (embora, naturalmente, alguns de seus atos, como  a criação  da  luz  no  primeiro  dia,  devam  ter  sido  instantâneos).  Antes, seu verdadeiro propósito foi demonstrar que  o  Senhor  Deus,  que  se  havia  revelado  à nação hebraica e entrado num pacto de relacionamento com seu povo, era de  fato o único  Deus  verdadeiro,  o  Criador  de  todas  as  coisas. Isso se colocava em direta oposição às noções religiosas dos pagãos que os rodeavam, que presumiam o surgimento de um panteão de deuses em fases  sucessivas  a  partir  de matéria  pré-existente  de  origem desconhecida,  ativados  por  forças  para  as  quais  não  havia explicação.

Gênesis 1 é um manifesto  sublime que  rejeita  totalmente as cosmogonias das culturas  pagãs  do  mundo  antigo,  considerando-as  nada  além  de  superstição infundada. O Senhor Deus todo-poderoso existia antes de toda a matéria e, por sua própria Palavra de comando, trouxe todo o Universo à existência governando todas as grandes forças do vento, da chuva, do Sol e do mar segundo sua vontade soberana. Esse conceito se posicionava em nítido contraste com as pequenas divindades e deuses  conflitantes, briguentos,  caprichosos  e  gerados  pela  imaginação  corrompida dos pagãos. A mensagem e o propósito de Gênesis 1 são a revelação do único Deus verdadeiro que criou  todas as coisas do nada e mantém para sempre o Universo sob seu controle soberano.

O segundo aspecto principal de Gênesis 1 é a revelação de que Deus  realizou sua criação de maneira ordenada e sistemática. Houve seis fases principais nessa obra de formação, e essas fases são representadas por dias sucessivos da semana. A esse respeito, é importante observar que nenhum dos seis dias da criação traz um artigo definido  no  texto  hebraico —  as  traduções  "o  primeiro  dia",  "o segundo  dia"  etc. estão erradas. O hebraico diz: "E a tarde teve lugar, e a manhã teve lugar, dia um" (1.5).  Em hebraico, "o primeiro dia" seria hayyôm hāri’šôn, mas esse texto diz simplesmente yôm ’eh ād ("dia um"). Além disso, no versículo 8, lemos não hayyôm haššēnî ("o segundo dia"), mas yôm šēnî ("um segundo dia"). Na prosa hebraica desse gênero, o artigo definido era usado em geral quando se desejava definir o substantivo. Somente no estilo poético ele podia ser omitido. O mesmo acontece no restante dos seis dias: nenhum deles traz o artigo definido. Assim, eles são bem adaptados a um padrão sequencial, e não a unidades de tempo estritamente delimitadas.

Gênesis 1.2-5 estabelece a primeira fase da criação: a formação da luz.  Isso deve ter significado basicamente a luz do sol e de outros corpos celestes. A luz solar é de modo geral precondição indispensável ao desenvolvimento da vida vegetal e animal (embora haja  algumas  formas  subterrâneas de vida que consigam viver  sem ela).

Gênesis 1.6-8 apresenta a segunda fase: a formação de um "firmamento” (rāqia‘), que fez separação entre a umidade suspensa no céu e a umidade suficientemente condensada para permanecer na superfície da terra. O termo rāqîa‘ não significa um dossel de metal batido, como alguns escritores já alegaram — nenhuma cultura antiga jamais ensinou essa ideia em seu conceito de céu —, mas significa apenas "um firmamento estendido".  Isso fica bem evidente em Isaías 42.5, em que o verbo cognato rāqa‘ é usado: "E o que diz Deus, o SENHOR, aquele que criou o céu, e o estendeu [do verbo nāṭ āh, "estender" cortinas ou cordas de tendas], que espalhou [rāqa‘] a terra e tudo o que dela procede”(R.A.).  Obviamente, rāqa‘ aqui não poderia significar "batido", "estampado" (embora seja usado dessa forma com frequência ao referir-se ao trabalho em metal). O paralelismo com nāṭ āh (destacado acima) prova que aqui ele tem a força de estender ou expandir. Portanto, o substantivo rāqîa‘ pode significar apenas "firmamento", sem nenhuma conotação de chapa dura de metal.

Gênesis 1.9-13 relata a terceira fase da obra criadora de Deus: o ajuntamento das águas dos oceanos, mares e lagos em uma altitude inferior à das massas de terra que surgiram acima delas, permitindo que secassem. Sem dúvida, o resfriamento gradual do planeta Terra levou à condensação de água necessária para causar esse resultado.  As pressões sísmicas que produziram montanhas e colinas indubitavelmente contribuíram ainda mais para essa separação entre terra e mar. Uma vez que a terra seca (hayyabbāšāh) apareceu, tornou-se possível à vida vegetal e às árvores brotar na superfície da terra, auxiliadas pela fotossíntese do céu ainda nublado.

Gênesis 1.14-19 revela que na quarta fase criadora Deus abriu  o  manto  de nuvens o suficiente para que a luz direta do Sol caísse sobre a Terra e para que tivesse lugar a observação correta dos movimentos do Sol, da Lua e das estrelas. Não se deve entender que o versículo 16 mostra a criação dos corpos celestes no quarto dia. Antes, ele nos informa que o Sol, a Lua e as estrelas, criados no primeiro dia como fonte de luz, foram colocados em seus lugares designados por Deus com a ideia de funcionar como indicadores de tempo ("sinais, estações, dias, anos") para os observadores terrestres. O verbo hebraico wayya‘aś, do versículo 16, seria traduzido melhor por "Fizera Deus os dois grandes luminares etc", em vez do passado simples, Fez Deus". (O hebraico não tem uma forma especial para o tempo mais-que-perfeito, mas usa o tempo perfeito ou o imperfeito conversivo, como é o caso aqui, para expressar ou o passado ou o mais-que-perfeito do português, dependendo do contexto).

Gênesis 1.20-23 relata que no quinto dia da criação Deus desenvolveu totalmente  a  vida marinha  e  a  vida  de  água  doce,  introduzindo  criaturas  voadoras (insetos ou aves aladas). É interessante observar que as camadas com fósseis da era paleozoica contêm a primeira evidência de vida animal invertebrada, que surge com surpreendente brusquidão no período cambriano.  Não há nenhum indício nas camadas pré-cambrianas de como as 5 mil espécies de vida animal marinha e terrestre da  era  paleozoica se  teriam  desenvolvido,  pois  não  há  nenhum  registro  delas  antes dos níveis cambrianos.

Gênesis 1.24-26 relata que na sexta e última fase do processo criador Deus produziu todos os animais da terra conforme suas várias espécies (lemînāh, no versículo 24, e lemînēhû, no versículo 25, significam "conforme a sua espécie", quer o  antecedente  seja masculino,  quer  feminino  no  gênero gramatical), culminando  afinal  com  a  criação  do  homem,  conforme  discutido mais  amplamente acima. Com referência a isso, seria oportuno um comentário relacionado com a fórmula repetida no fim de cada dia da criação: "Passaram-se a tarde e a manhã; esse foi o dia" [ordinal]. A razão para essa declaração final parece ter sido dupla.  Em primeiro lugar, era necessário deixar claro se a unidade simbólica em questão era um mero dia que ia do nascer do sol até o ocaso, ou se era um dia de 24 horas, pois o termo yôm ("dia") pode significar qualquer um dos dois. De fato, a primeira vez que yôm ocorre é no  versículo  5:  "Deus chamou  à  luz  dia,  e  às  trevas  chamou  noite". Portanto, era necessário mostrar que cada um dos dias da criação era simbolizado por um ciclo completo de 24 horas, começando com o ocaso do dia anterior (segundo os nossos cálculos) e terminando com a parte que tinha a luz solar, até o ocaso, no dia seguinte (conforme calcularíamos). Em segundo lugar, o dia de 24 horas é um símbolo melhor que um mero dia de luz solar para distinguir o início e o final de uma fase da criação antes da fase seguinte.

Houve fases definidas e distintas no procedimento criador de Deus.  Se essa foi a verdadeira intenção da fórmula, então ela não serve como evidência de um conceito de 24 horas literais por parte do autor bíblico. Alguns têm argumentado que a referência no Decálogo (no quarto mandamento) quanto a Deus ter descansado no sétimo dia, que serve de base para se honrar o sétimo dia de cada semana, sugere enfaticamente a natureza literal de "dia" em Gênesis 1. Esse argumento, todavia, não é tão persuasivo assim, tendo em vista o fato de que, se era para haver qualquer dia da semana especialmente separado para o descanso, para o culto e para o serviço ao Senhor, teria de ser um dia de 24 horas (sábado), de qualquer forma. Na realidade, a Escritura não ensina de forma alguma que Iavé descansou apenas um dia de 24 horas ao concluir sua obra criadora. Não há nenhuma fórmula final no encerramento do sétimo dia mencionado em Gênesis 2.2, 3. E, de fato, o N.T. ensina (em Hb. 4.1 -11) que aquele sétimo dia, aquele "sábado de descanso", conservou um sentido muito definido até  a  era  da  igreja.  Assim, seria impossível alinhar o sábado com o Sétimo Dia, que concluiu a obra criadora original de Deus!
          
Uma última observação referente à palavra yôm conforme usada em Gênesis 2.4.  Ao contrário de algumas versões modernas, a Versão do rei Tiago traduz corretamente esse versículo: "Essas são as gerações dos céus e da terra quando foram criados, no dia em que o SENHOR Deus fez a terra e os céus". Visto o capítulo anterior ter indicado que houve pelo menos seis dias na criação dos céus e da terra, é evidente que o yôm de Gênesis 2.4 não pode de forma alguma ser compreendido como um dia de 24 horas — a menos que a  Escritura  esteja  em  contradição!  (Para uma boa dissertação sobre esse tópico por um professor cristão de geologia, v. Creation and the Flood and Theistic evolution [Criação e o dilúvio e a evolução teísta], de Davis A. Young [Grand Rapids,  Baker,  1977].  Alguns  pormenores estão  abertos ao questionamento,  e  o  autor  nem  sempre  é  preciso  na  terminologia, mas  em  geral  o trabalho fornece uma sólida contribuição para essa área de debate.) 


A antiguidade da raça humana

       
Tendo apresentado  a  evidência  para  compreender  os  seis  dias  da  criação  de Gênesis como fases distintas no desenrolar do processo, prosseguimos agora para a questão  da  antiguidade  de Adão  e  o  começo  da  raça  humana.  Essa questão já foi discutida até certo ponto em meu livro Merece confiança o Antigo Testamento?  (4. ed., São Paulo, Vida Nova, 1986). A grande era atribuída pelos paleantropólogos aos esqueletos de várias espécies de antropoides é uma questão consideravelmente debatível. L. S. B. Leakey usou a análise de potássio-argônio para chegar à estimativa de 1.750.000 anos para a idade do que ele identificou como o "Zinjan-thropus" de Tanganykia  ("Exploring  1.750.000 years into  man's  past"  [Explorando  1750000 anos  no  passado  do  homem],  National  Geographic, outubro de  1961).  A outros espécimes da área da garganta Olduvai foi atribuída idade ainda mais antiga. Considera-se que o homem de Neanderthal viveu de cem mil a cinquenta mil anos atrás e parece ter desenvolvido aptidões como a manufatura de setas de pedra e cabeças de machado. O homem de Neanderthal parece também ter usado fogo para cozimento na preparação  de  alimentos.  Ele pode ter tido também algum envolvimento com arte,  embora  as notáveis pinturas nas  cavernas de Altamira  e de outros lugares talvez sejam produto da raça posterior dos Cro-Magnons. [Algumas pesquisas mais recentes demonstram que na realidade o Neandertal, nada mais é que o próprio homo-sapiens, com características e anatomia um pouco diferenciada.] Abaixo algumas pesquisas que confirmam essas informações:

        "... Segundo pesquisadores da UFRGS, os Neandertais eram tão espertos como nós. Se eles foram extintos, diz a professora Maria Cátira Bortolini, não foi por falta de astúcia, mas por diferenças culturais entre aquela "espécie" e a nossa. Bortolini não é antropóloga culturalista - bióloga, comparou 162 genes das duas espécies e constatou que, em matéria de cognição, o Neandertal não fica devendo nada para um Da Vinci. Ainda hoje, num isolamento ainda possível, temos primos Homo sapiens vivendo no tempo da indústria lítica, construindo ferramentas de pedra rudimentares. [pois é, e se fossem descobertos fósseis deles, possivelmente diriam que são ancestrais de milhões de anjos...]. Os códigos que separam esses povos aborígenes de quem lê jornal no tablet não estão inscritos na genética, mas na cultura ...."

       "... E onde fica aquela aula de ciências dizendo que a cruza de espécies diferentes só pode gerar descendentes estéreis, como a mula? Bem, essa regra nem sempre funciona (numa cruza entre tigres e leões, hora ou outra sai uma fêmea fértil), mas ela ajuda a reforçar a defesa de que Homo neanderthalensis e Homo sapiens são, de fato, uma mesma espécie" [bingo!]

        "Ao que vínhamos chamando “espécie” Neandertal, Bortolini prefere “população”. E assim também João Zilhão, arqueólogo da Universidade de Barcelona que vem estudando a arte deixada pelos neandertais nos sítios Cueva de los Aviones e Cueva Antón, no sudeste da Espanha. “Não faz sentido colocar a questão em termos de ‘nós e os outros’, mas sim de duas populações ancestrais da mesma espécie. Uma delas, europeia, desenvolveu características rácicas que a tornaram mais facilmente diferenciada das populações africanas. Diferiam mais do que, hoje em dia, diferem os esquimós e os etíopes, mas também eram diferenças intraespecíficas, e não interespecíficas”, afirma Zilhão" [ Mais claro que isso, impossível]. Uma outra pesquisa recente, onde foram encontrados diversos crânios de supostos hominídios num mesmo local e extrato geológico, sugere que toda a escala evolutiva está por um fio:

        "E se em vez de serem todos de espécies diferentes, os diversos homens primitivos cujos fósseis têm sido encontrados ao longo dos anos em diversos locais – Homo habilisHomo rudolfensinsHomo erectus e outros – fossem todos membros de uma única e mesma espécie de humanos e as suas diferenças físicas apenas refletissem a variabilidade normal entre indivíduos dessa espécie? Os autores de um novo estudo comparativo de crânios fósseis humanos encontrados no Cáucaso, e publicado nesta sexta-feira na revista Science, afirmam que é precisamente isso que os seus resultados sugerem. (...)" (Leia esse Post.)


      “Nossa análise estatística mostra que os padrões e a magnitude da variabilidade dos crânios de Dmanisi são semelhantes aos das populações de espécies modernas”, disse Zollikofer. “Embora os cinco indivíduos de Dmanisi sejam claramente diferentes uns dos outros, não são mais diferentes entre eles do que cinco humanos modernos ou cinco chimpanzés numa dada população.” Ou seja, “a diversidade no interior de uma espécie é a regra e não a exceção”. Os cientistas decidiram designar essa potencial única espécie pelo nome Homo erectus, por ser a mais bem documentada e consensual de todas as espécies de homens primitivos cujos fósseis se conhecem."

Evidência de simples diversificação, não "evolução"

      "Os novos resultados poderão ter implicações em termos da classificação das espécies de hominídeos que viviam na África e saíram de lá há cerca de dois milhões de anos [segundo a cronologia evolucionista], espalhando-se pela Europa e Ásia, especulam os cientistas. “Há duas maneiras de interpretar a diversidade dos hominídeos fósseis”, explicou Zollikofer. “A primeira é que existiu apenas uma linhagem de homens primitivos; a segunda é que houve múltiplas linhagens coexistentes.” Conclui. 

       Por mais que essas pesquisas se baseiem em uma ótica evolucionista, as conclusões que eles chegam só reforçam os argumentos criacionistas, que sempre disseram que os “homos” são simplesmente humanos antigos com a natural variabilidade morfológica que existe entre seres humanos atuais (talvez alguns até com certas deformidades).

         “Se a caixa craniana e a face do Crânio 5 tivessem sido encontradas separadamente em locais diferentes da África, poderiam ter sido atribuídas a duas espécies diferentes”, acrescentou [admissão interessante]. Mas visto que os fósseis de Dmanisi provêm indubitavelmente do mesmo ponto no tempo e no espaço – e que parecem ter todos pertencido a uma única espécie de homens primitivos –, o mesmo poderá ter acontecido na África."
        
A essa altura, algo deve ser dito sobre as novas e surpreendentes descobertas geológicas que tornam as antigas estimativas da ciência geológica convencional quase impossíveis  de  serem  mantidas  no presente.  Uma análise aprofundada da evidência fornecida por uma camada exposta do  leito do  rio Paluxy, em Glen Rose, no  Texas,  foi publicada  por  Cecil  Dougherty,  de  Temple,  no  Texas,  sob  o título Valley  of  the  giants  [ Vale  dos gigantes]  (Minneapolis, Bible-Science Association, s.d.), agora na sexta edição. No Bible-science Newsletter de abril de 1979 (p. 4), há um relatório de Fred Beierle de Lyons, de Kansas, referente a uma viagem de estudos feita a esse luga extraordinário. Ele mostra na mesma camada uma boa marca de pegadas  de  um  dinossauro  de  três  dedos  e,  depois,  logo  acima, as pegadas características de um tiranossauro e também de um brontossauro. O baixo nível de água durante a seca do verão tornou muito fácil descobrir e ver áreas em que pegadas claras de alguma espécie humana primitiva cruzam as pegadas desses dinossauros! Ademais, num nível  adjacente  na mesma  camada crustácea  dessas  pegadas, havia um  longo  risco preto que se descobriu ser um galho de árvore caído que fora reduzido a carvão pelo fogo e subsequentemente submerso na superfície calcária. Ele tinha cerca de cinco  centímetros  de  diâmetro  e  pouco  mais  de  dois  metros  de comprimento,  estando  localizado cerca  de  duzentos  metros  abaixo  das  pegadas humanas  e  dos  dinossauros.  Uma seção desse galho foi  removida  e  enviada  a  R. Berger, geofísico da Universidade da Califórnia, em Los Angeles, para uma análise de  carbono-14.  Ele relatou depois o que descobriu: o galho tinha 12.800 anos de idade, duzentos anos a mais ou a menos. Se seu veredicto for confirmado por outros laboratórios, isso parece indicar que toda a ciência da geocronologia, conforme praticada pelos geólogos tradicionais, está precisando de uma revisão completa. Aqui temos uma camada do fim da era mezozóica com evidência de hominídeos primitivos vivendo na mesma época que os mais altamente desenvolvidos dinossauros e datada por um galho de árvore com não mais de 13 mil anos!

Um editorial na página 2 desse mesmo número do Bible-Science Newsletter fornece  uma  pista  importante  quanto  à  fonte  desse  erro  tão  grosseiro nos métodos geocronológicos  convencionais  para  a  computação  do  tempo. A análise cuidadosa dos minerais físseis (como a decomposição do urânio em chumbo ou do argônio 40 em argônio 36) tem operado a partir da premissa simplista de que todos os depósitos desse  tipo  eram  originariamente compostos  de  elementos  precursores  puros. Então, depois que  o  magma  esfriou,  o  elemento precursor  supostamente  começou  a  se decompor com a perda gradual de elétrons e se tornou o elemento derivado com uma contagem atômica inferior. Mas amostras bem recentes tiradas do núcleo de vulcões, com mil anos ou menos de idade, trazem espécimes que evidenciam idades de muitos milhões  ou  até mesmo  bilhões  de  anos —  a  julgar  pela  proporção  de  elementos derivados  dos  elementos precursores  na  mesma  amostra.  Isso inevitavelmente demonstra que, mesmo na fase inicial do depósito, as formações físseis já continham uma alta proporção de elementos derivados. Portanto, não têm praticamente nenhum valor  ou  são  completamente  enganosas  para  datar  os  níveis nos  quais  são encontradas.  Será  interessante  ver  como  os  teoristas  da  geologia  convencional tratarão essa nova descoberta. Ela não pode permanecer ignorada nem ser oculta ao público  permanentemente, não importando  o  quanto  os  teoristas  antigos  possam sentir-se ameaçados.
       
Mas, independentemente de quão pouco confiáveis possam ter sido os métodos de datação que levaram a estimativas tão elevadas da antiguidade desses antropoides, permanece o fato de que eles não podem ser datados como anteriores à criação  de Adão e Eva, a que se refere Gênesis 1 — 3. Não importando como as estatísticas de Gênesis 5  sejam  tratadas,  elas  dificilmente  podem  determinar  para Adão  uma  data muito anterior a 10.000 a.C. Se os números em Gênesis merecerem qualquer  tipo de confiança,  mesmo  admitindo  a  ocorrência  de  lacunas  esporádicas  na  corrente genealógica,  somos forçados  a  considerar  todos  esses  antropoides  primitivos  como pré-adâmicos.  Em outras palavras, todas essas espécies, desde os  cro-magnons, voltando  até os  zinjantropos, devem  ter  sido de macacos  avançados  ou  antropoides possuidores  de  considerável  inteligência  e  criatividade — mas  que desapareceram completamente antes que Adão e Eva fossem criados.
       
Se examinarmos o registro bíblico cuidadosamente, teremos de reconhecer que, quando Deus criou Adão e Eva  à  sua  imagem  (Gn  1.27),  soprou neles  algo de  seu próprio Espírito  (Gn 2.7), de uma maneira que não havia  feito  em nenhuma ordem prévia  da  criação.  Essa imagem divina consistiu de alguma forma material, algum tipo especial de esqueleto ou estrutura anatômica?  Claro que não, pois Deus é espírito, não carne (Jo 4.24).  Portanto, o que tornou Adão tão superior foi sua constituição interior — alma (nepeš) e espírito (rûacḥ), bem como sua estrutura física e natureza corpórea,  com  suas paixões  e impulsos  animais.  Daquele  primeiro  ser humano verdadeiro, como agente moral responsável, como pessoa possuidora de espírito que permanece em um relacionamento de pacto com Deus, é que descende todo o restante da raça humana (Rm 5.12-21). Pode ter havido hominídeos adiantados e inteligentes que viveram e morreram antes de Adão, mas que não foram criados à imagem de Deus. Essa é uma linha de distinção à qual  a  Palavra  de  Deus  nos  compele,  e  é  aqui  que  devemos  rejeitar qualquer interpretação  de  dados  paleantropológicos  que  suponha  que  uma semelhança  no  esqueleto estabelece os  antropoides  pré-adâmicos  como  verdadeiros seres humanos, no sentido bíblico do  termo. Embora esses habitantes primitivos das cavernas possam ter desenvolvido certas aptidões em sua busca de alimento e se engajado em guerras  entre  si —  como o  fazem outros  animais —, não há,  todavia, nenhuma evidência arqueológica de que uma alma humana verdadeira animava seus corpos. Portanto, evidências de inteligência semelhante no "homem" pré-histórico não são provas decisivas de humanidade no sentido adâmico  nem  de  capacidade  moral  e  espiritual.  Portanto, essas raças não-adâmicas,  pré-adâmicas, não  ameaçam  de  forma  alguma  a credibilidade bíblica, não importa quão antigas sejam.

Fontes:
Geisler, Norman.Enciclopédia de Temas Bíblicos. 
Site criacionismo
Gazeta do Povo