É frequente nas aulas de Biologia se alegar que “a evolução
já foi observada” em certos micróbios-germes uma vez que, com o passar do
tempo, eles passam a resistir a certos antibióticos. Por exemplo, atualmente a
penicilina é globalmente menos eficaz do que era no passado. Como consequência
disso, foi necessário desenvolver drogas mais fortes e mais potentes, cada uma
delas com benefícios iniciais, mas que, com o passar do tempo, são substituídas
por drogas ainda mais potentes. Hoje em dia, os “supergermes” desafiam o
tratamento. Pode-se perguntar: Será que esses germes unicelulares “evoluíram”?
E será que isso prova que organismos unicelulares evoluíram para plantas e
pessoas?
Como é normal, temos que distinguir a variação, a adaptação e a
recombinação de traços já existentes (a erradamente chamada “microevolução”), do aparecimento de
novos genes, novas partes corporais e novos traços (isto é, macroevolução, que
é a evolução que todos têm em mente). Uma vez que cada espécie de germes
continuou a ser da mesma espécie e nada de novo foi produzido, então a resposta
é “não”, os germes não evoluíram e a resistência aos antibióticos não confirma
a tese de que organismos unicelulares evoluíram para plantas e pessoas.
Eis aqui a forma como as coisas funcionam: numa dada população de bactérias,
muitos genes se encontram presentes e eles se expressam numa variedade de
formas e maneiras. Num ambiente natural, os genes (e os traços) se misturam
livremente, mas quando as bactérias se deparam com antibióticos, a maior parte
delas morre. Algumas, no entanto, e através de alguma recombinação genética
fortuita, têm resistência ao antibiótico. Aquelas bactérias com
essa resistência ao antibiótico passam a ser, consequentemente, as únicas que
sobrevivem e as únicas que se reproduzem, fazendo com que todos os seus
descendentes tenham dentro de si a mesma resistência antibiótica. Com o passar
do tempo, virtualmente todas as bactérias passam a ter a mesma resistência, o
que faz com que a população deixe de produzir bactérias sensíveis ao
antibiótico (isto é, aquelas que ainda podem ser atacadas pelo antibiótico).
Nenhuma informação genética nova foi criada. Evidentemente, quando
a bactéria se encontra sob estresse, alguns micróbios entram em modo de
mutação, produzindo rapidamente uma variedade de estirpes, aumentando desde
logo as probabilidades de alguma dessas estirpes sobreviver ao estresse. Isso
gerou algumas áreas de especulação para os criacionistas, mas ainda vai contra
a teoria da evolução. Existe um tremendo alcance de potencial genético já
presente na célula, mas a bactériaEscherichia coli antes do estresse e da mutação
continua a ser uma bactéia Escherichia
colidepois da mutação; uma variação menor ocorreu, mas não houve qualquer
tipo de evolução.
Além disso, já ficou provado que a resistência a muitos dos
antibióticos modernos já se encontrava presente nas bactérias antes da sua
descoberta. No ano de 1845, marinheiros de uma expedição infeliz ao Ártico
foram enterrados no “permafrost” e permaneceram profundamente congelados até
que seus corpos foram exumados em 1986. A preservação foi tão completa que seis
estirpes de bactérias do século 19 encontradas adormecidas dentro do conteúdo
dos intestinos dos marinheiros foram ressuscitadas. Quando essas
bactérias do século 19 foram testadas, apurou-se que elas já tinham resistência
a muitos antibióticos modernos, incluindo a penicilina (embora alguns desses
mesmos antibióticos só tenham sido criados/descobertos bem depois do século
19). Isso demonstra que essa resistência já se encontrava na população das bactérias,
e tudo o que essa resistência precisava para ser geneticamente expressa era
algum tipo de estresse exterior (por exemplo, exposição a um tipo de
antibiótico). Uma vez que a resistência já se encontrava na
população de bactérias antes de ela ser exposta aos antibióticos, isso
demonstra também que a resistência não foi “evolução em ação”, mas, sim, uma
recombinação de informação genética que já existia ANTES de a bactéria se
deparar com esse antibiótico. Esses traços obviamente já estavam presentes
antes da descoberta dos antibióticos, e, então, a evolução nunca pode ser
creditada a um fenômeno que tem uma explicação não evolutiva (Medical
Tribune, december 29, 1988, p. 1, 23).
Resumindo: as mutações, as adaptações, a variação, a
diversificação, as mudanças populacionais e as transferências genéticas
laterais ocorrem, mas nenhum destes fenômenos científicos é contra o
criacionismo, e nenhum deles serve de evidência para a tese de que répteis
evoluíram para pássaros e que animais terrestres evoluíram para baleias.
Qualquer evolucionista que use a resistência aos antibióticos como evidência em
favor da teoria da evolução está mentindo, ou desconhece os fatos (ou ambas as
coisas).
Fonte:
(ICR, via Darwinismo), Criacionismo
Nenhum comentário:
Postar um comentário