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O Papa
Francisco afirmou nesta segunda-feira (27), durante discurso na Pontifícia
Academia de Ciências, que a Teoria da Evolução e o Big Bang são reais e
criticou a interpretação das pessoas que leem o Gênesis, livro da Bíblia,
achando que Deus "tenha agido como
um mago, com uma varinha mágica capaz de criar todas as coisas". Segundo
ele, a criação do mundo "não é obra
do caos, mas deriva de um princípio supremo que cria por amor". "O
Big Bang não contradiz a intervenção criadora, mas a exige", disse o
pontífice na inauguração de um busto de bronze em homenagem ao Papa Emérito Bento
XVI.
O Big Bang
é, segundo aceita a maior parte da comunidade científica, a explosão ocorrida
há cerca de 13,8 bilhões de anos que deu origem à expansão do Universo. Já a
Teoria da Evolução, iniciada pelo britânico Charles Darwin (1809-1882), que prega
que os seres vivos não são imutáveis e se transformam de acordo com sua melhor
adaptação ao meio ambiente, pela seleção natural. O Papa acrescentou dizendo
que a "evolução da natureza não é
incompatível com a noção de criação, pois exige a criação de seres que
evoluem". Ele criticou que quando as pessoas leem o livro do Gênesis,
sobre como foi a origem do mundo, pensam que Deus tenha agido como um mago. "Mas não é assim", explica. Segundo
Francisco, o homem foi criado com uma característica especial – a liberdade – e
recebe a incumbência de proteger a criação, mas quando a liberdade se torna
autonomia, destrói a criação e homem assume o lugar do criador.
"Ao cientista, portanto, sobretudo ao
cientista cristão, corresponde a atitude de interrogar-se sobre o futuro da
humanidade e da Terra; de construir um mundo humano para todas as pessoas e não
para um grupo ou uma classe de privilegiados", concluiu o pontífice.
Nota do Blog: Na visão do Papa Francisco
e de alguns Cardeais da alta cúpula do Catolicismo Romano, o livro de Gênesis
não passa de mitologia hebraica e não deve ser entendido de forma literal. Adão
e Eva representam a humanidade em si e não necessariamente duas pessoas
literais, ou como afirmou o Cardeal George Pell, da Austrália: “É uma mitologia sofisticada para tentar explicar
o mal e o sofrimento do mundo”, num debate na TV com o ateu militante
Richard Dawkins. O Cardeal também afirmou que os seres humanos “provavelmente”
se desenvolveram dos Neandertais, mas que era impossível dizer quando houve um
primeiro homem[1].
O grande problema dessa conclusão é que a ele contradiz os
ensinamentos de Paulo, de Jesus e até da própria ICAR acerca do pecado original
e o plano de Redenção para a humanidade. Se a morte passou a reinar após a
queda, como conciliar a ideia de que varias criaturas morreram , num processo
de milhões de anos, com a sobrevivência do mais apto, com a alegação Bíblica na
carta de Paulo aos Romanos, que
diz:
“por um só homem entrou o pecado
no mundo, e pelo pecado a morte” (Romanos 5:12).
Mas a evolução ensina que a morte existiu desde o princípio, muito antes
que houvesse um ser humano. Em outras palavras: a morte não é um resultado do
pecado. Além disso, se Adão não foi um personagem histórico real, Jesus também não
foi, pois as Sagradas escrituras afirmam que:
“Porque assim como a morte veio por um homem, também a ressurreição dos mortos veio por um homem. Porque, assim como todos morrem em Adão, assim também todos serão vivificados em Cristo." (1 Coríntios 15:21-22)
“Porque assim como a morte veio por um homem, também a ressurreição dos mortos veio por um homem. Porque, assim como todos morrem em Adão, assim também todos serão vivificados em Cristo." (1 Coríntios 15:21-22)
"Assim
está também escrito: O primeiro homem, Adão, foi feito em alma vivente; o
último Adão em espírito vivificante. Mas não é primeiro o espiritual, senão o
natural; depois o espiritual.
O primeiro homem, da terra, é terreno; o segundo homem, o Senhor, é do céu. Qual o terreno, tais são também os terrestres; e, qual o celestial, tais também os celestiais. E, assim como trouxemos a imagem do terreno, assim traremos também a imagem do celestial. (1 Coríntios 15:45-49)
O primeiro homem, da terra, é terreno; o segundo homem, o Senhor, é do céu. Qual o terreno, tais são também os terrestres; e, qual o celestial, tais também os celestiais. E, assim como trouxemos a imagem do terreno, assim traremos também a imagem do celestial. (1 Coríntios 15:45-49)
O evolucionismo
é totalmente contrário aos ensinamentos de Gênesis acerca da criação ex-nihilo
(do nada), feita por Deus num processo único e ordenado. Misturar evolucionismo
com criacionismo, para tentar “solucionar” alguns problemas é criar uma teoria
amorfa e sem fundamentos.
Prefiro crer na Bíblia.
Prefiro crer na Bíblia.
Prof Saulo Nogueira
[1] Disponível em http://www.theaustralian.com.au/news/nation/adam-and-eve-thats-just-mythology-says-pell/story-e6frg6nf-1226322379822 Acesso em 28/10/2014
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