Centro de tratamento de ebola na Libéria:
OMS crê que, até dezembro, serão registrados
entre 5 mil e 10 mil novos casos por semana
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Até o final desta semana, o planeta
atingirá a marca de 9 mil casos de ebola e 4.500 mortes. A informação foi
revelada pela Organização Mundial da Saúde (OMS),
em uma reunião que aconteceu nesta manhã. A
batalha do mundo contra a pior epidemia já registrada desta doença ganhou
novos contornos nesta semana, depois que a Organização das Nações Unidas (ONU)
emitiu alertas preocupantes sobre a
seriedade da situação e disse que os esforços atuais da comunidade
internacional “não são suficientes.”
“Ou
paramos o ebola agora ou enfrentaremos uma situação sem precedentes e para a
qual não temos um plano”, alertou Anthony Banbury, chefe da missão da ONU que
se dedica ao combate da doença.
Ainda
segundo ele, considerando o início de outubro, o mundo tem 60 dias para colocar
70% das pessoas infectadas em tratamento e 70% dos mortos enterrados de forma
adequada. Caso contrário, a quantidade de novos casos aumentará e
sobrecarregará a capacidade de resposta que é possível promover hoje.
Novos casos
No
início da semana, a OMS revisou as estimativas futuras sobre a
epidemia e prevê que, até o final do ano, podem ser registrados entre 5 mil e
10 mil novos casos por semana. O aumento é significante, especialmente
considerando que atualmente a incidência está na casa de mil.
“Levará
meses antes que seja possível frear esta epidemia. Enquanto isso, temos que
garantir que a doença não se espalhe para outros países”, declarou uma
porta-voz da OMS na reunião desta quinta-feira.
Portanto,
a entidade decidiu endurecer os esforços para conter os avanços do ebola em 15
países considerados prioritários: Costa do Marfim, Guiné-Bissau, Mali, Senegal,
República do Benim, Burkina Faso, Camarões, República da África Central,
República Democrática do Congo, Gâmbia, Gana, Mauritânia, Nigéria, Sudão do Sul
e Togo.
Ebola fora da África
A
segunda quinzena de outubro começou com o surgimento de novos casos de ebola em
diferentes partes do mundo. Nos Estados
Unidos, por exemplo, uma segunda enfermeira teve o
diagnóstico confirmado da doença. Amber Vison trabalhou com Nina Phan, a
primeira contaminada, no caso de Thomas Duncan, o liberiano que faleceu em
decorrência do ebola no Texas há alguns dias. Já na Espanha, uma enfermeira está isolada para
tratamento e 15 pessoas que tiveram contato direto com ela encontram-se
internadas. Há ainda 68 pessoas em vigilância.
Via: Exame
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